Prêmios de títulos do Tesouro Direto voltam a subir na tarde desta sexta-feira

Mercados monitoraram falas de presidente do BC e de Bolsonaro, no Brasil, enquanto repercutiram notícia de que Trump está com Covid-19

Mariana Zonta d'Ávila

Dinheiro na carteira (Brenda Beth/Getty Images)

SÃO PAULO – Após recuarem na abertura do dia, as taxas dos títulos públicos negociados via Tesouro Direto voltaram a subir na tarde desta sexta-feira (2), com o sentimento de maior aversão ao risco nos mercados.

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O título prefixado com vencimento em 2023 pagava uma taxa de 4,99% ao ano, ante 4,80% a.a. na quinta-feira (1). O mesmo papel com juros semestrais e prazo em 2031, por sua vez, oferecia um prêmio anual de 7,70%, frente 7,68% ao ano anteriormente.

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Entre os papéis indexados à inflação, o com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 2,93% nesta tarde, ante 2,81% a.a. ontem. Já o juro pago pelo Tesouro IPCA+ 2035 subia de 4,14%, para 4,24% ao ano.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta sexta-feira (2):

Fonte: Tesouro Direto

Cena doméstica

No Brasil, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que os juros voltarão a subir se o governo abrir mão do “arcabouço vigente”. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a fala foi interpretada como um alerta contra o uso de precatórios e parte do Fundeb para financiar o programa Renda Cidadã.

Já o presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem em live nas redes sociais que “segue a linha do Paulo Guedes” e que o ministro tem a palavra final sobre a política econômica.

A sinalização a Guedes ocorreu um dia depois do chefe da economia voltar atrás no anúncio do governo sobre o uso de precatórios para bancar o novo programa social, ainda em análise.

Entre os indicadores domésticos, a produção industrial cresceu 3,2% em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio abaixo da mediana das projeções dos economistas consultados pela Bloomberg, que apontava para expansão de 3,8% no setor.

Quadro internacional

No ambiente externo, os mercados repercutiram hoje a notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania Trump, estão infectados pelo coronavírus e ficarão em quarentena.

Os dois fizeram exames para a Covid-19 após a conselheira próxima do presidente, Hope Hicks, ser diagnosticada com a doença. A confirmação eleva as incertezas em torno das eleições presidenciais, que ocorrem em 3 de novembro.

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Ainda nos EUA, o país registrou a criação de 661 mil vagas de emprego em setembro, abaixo da mediana das expectativas dos economistas consultados pela Bloomberg, que apontava para a geração de 875 mil postos de trabalho no período.

Já a taxa de desemprego na maior economia do mundo ficou em 7,9%, ante estimativas de que caísse de 8,4% para 8,2%. Essa foi a quinta queda mensal seguida da taxa, que atingiu seu pico de 14,7% em abril.

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