Poupança registra saldo positivo após 2 anos em baixa; por que isso não é uma boa notícia?

Além da recuperação econômica, o 13º salário, a liberação do FGTS e a antecipação do PIS/Pasep colaboraram para o resultado positivo para a poupança no ano

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Depois de dois anos de resultados negativos, a poupança voltou a registrar saldo positivo em 2017. Os depósitos feitos pelos brasileiros na caderneta superaram os saques em R$ 17,126 bilhões, segundo dados do Banco Central e foram divulgadas nesta sexta-feira (5).

A queda da inflação e a recuperação do emprego e da renda abriram maior possibilidade para o brasileiro guardar algum dinheiro. Em 2015 e 2016, o cenário foi diferente. No primeiro ano, a poupança ficou negativa em R$ 52,6 bilhões e no segundo ano o saldo foi negativo em R$ 40,7 bilhões.

Além da recuperação econômica, o 13º salário e medidas que injetaram bilhões na economia, como a liberação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a antecipação do PIS/Pasep colaboraram para o resultado positivo para a poupança no ano.

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De um lado, o resultado é positivo diante da percepção de que os brasileiros voltam, aos poucos, a encontrar folga no orçamento para guardar dinheiro. Do outro, os baixos rendimentos da poupança sinalizam que os brasileiros, em geral, ainda têm pouco conhecimento sobre as opções de investimentos disponíveis. 

Os ganhos da poupança seguem muito abaixo de outras aplicações em renda fixa também conservadoras. O CDB com rendimento de 100% do CDI, por exemplo, rendeu 6,67% de janeiro a novembro – já descontada a inflação.

Uma aplicação de R$ 100 mil na poupança somado aos rendimentos teria alcançado R$ 103.820, enquanto um investimento do mesmo valor em CDBs que paguem 100% do CDI teria rendido R$ 105.303, já descontado os 20,5% de imposto de renda sobre o lucro.

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Vale lembrar que se o dinheiro aplicado no CDB for mantido no investimento por mais tempo, menor é o desconto de imposto de renda, ou seja, a vantagem sobre a poupança é ainda maior. 

Veja a tabela regressiva das alíquotas de imposto de renda que incidem sobre os CDBs e outros investimentos de renda fixa:

Alíquota de Imposto de Renda Prazo de resgate
22,5% inferior a 6 meses
20,5% de 6 a 12 meses
17,5% de 12 a 24 meses
15% acima de 24 meses

Em todos os casos, cabe destacar que rentabilidade passada não garante ganhos futuros

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Piores investimentos de 2018
A aplicação em poupança está entre os três piores investimentos para 2018, segundo o analista-chefe da Rico Investimentos, Roberto Indech. O analista contou no programa “Como viver de renda fixa” quais investimentos você deve evitar neste ano. Assista:

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