Poupança tem captação líquida de R$ 7 bilhões em outubro e bate novo recorde

No acumulado do ano, os aportes superam os resgates em R$ 144,2 bilhões, o maior valor de toda a série histórica do BC, iniciada em 1995

Mariana Zonta d'Ávila

(AndreyPopov/Getty Images)

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SÃO PAULO – Em mais um mês de forte captação, a caderneta de poupança registrou uma entrada líquida (aportes menos resgates) de R$ 7 bilhões em outubro, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (6).

Fruto de depósitos de R$ 279,6 bilhões e retiradas de R$ 272,6 bilhões, o valor é o maior para um mês de outubro de toda a série histórica do BC, iniciada em 1995, e representa o oitavo mês consecutivo de entrada líquida de recursos na poupança.

Entre os principais fatores para o comportamento observado, estão as medidas do governo para minimizar os impactos da Covid-19, como a instituição do auxílio emergencial, que deve ser pago até dezembro deste ano.

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No acumulado do ano, a caderneta tem captação líquida de R$ 144,2 bilhões – também recorde histórico para o período –, e caminha para o quarto ano consecutivo de resultado positivo. O valor acumulado até outubro supera, inclusive, os registrados nos anos fechados anteriores.

Com o desempenho do mês passado, o saldo total aplicado na caderneta de poupança soma agora R$ 1,010 trilhão.

Baixa rentabilidade 

Apesar da captação recorde, com a queda da taxa básica de juros, o retorno oferecido pela caderneta, aplicação ainda muito popular entre os brasileiros, está cada vez menor.

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Isso porque, com a taxa Selic a 2% ao ano, a poupança passa a render apenas 1,4%, perdendo para demais aplicações financeiras e, inclusive, para a inflação.

Em outubro, a poupança rendeu 0,12%, ante variação de 0,16% do CDI, o principal referencial das aplicações de renda fixa.

No ano, o retorno da caderneta chega a 1,88% (ante 2,44% do CDI) e, em 12 meses, a 2,78%, enquanto o CDI tem variação de 3,23%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), por sua vez, registrou alta de 0,86% em outubro. No ano, a inflação tem alta de 2,22%, enquanto, em 12 meses, o aumento é de 3,92%.

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