Poupança: captação líquida soma R$ 30,5 bilhões em abril e é a maior desde 1995

Este é o segundo mês no ano em que a caderneta registra entrada líquida de recursos, segundo o Banco Central

Mariana Zonta d'Ávila

Ilustração sobre poupança (Prostock-Studio/ Getty Images)

SÃO PAULO – Em meio à pandemia de coronavírus, a poupança somou em abril uma captação líquida de R$ 30,5 bilhões. O resultado é o maior valor de toda a série histórica do Banco Central, iniciada em 1995, e é fruto de depósitos de R$ 215,4 bilhões e retiradas de R$ 184,9 bilhões.

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Até o momento, a maior captação havia sido em dezembro de 2017, quando somou R$ 19,4 bilhões.

O movimento vai na contramão do apresentado nos primeiros dois meses do ano, quando a “queridinha” dos brasileiros registrou resgates líquidos de R$ 12,4 bilhões e de R$ 3,6 bilhões.

Em março, contudo, o valor já estava no campo positivo, de R$ 12,2 bilhões. No ano, a captação é de R$ 26,7 bilhões.

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A forte entrada de recursos vem em um cenário de grande incerteza e volatilidade para o mercado financeiro por conta da Covid-19, marcado ainda por incentivos fiscais adotados pelo governo, bem como por cortes na taxa Selic para minimizar os impactos da doença sobre a economia.

Uma das medidas anunciadas foi o auxílio emergencial de R$ 600 para brasileiros de baixa renda que sejam trabalhadores autônomos, informais ou microempreendedores individuais, por um prazo de três meses. A primeira parcela começou a ser paga em 14 de abril, o que pode ter contribuído para o resultado da caderneta. A segunda parcela, por sua vez, está prevista para início em 27 de maio.

Baixa rentabilidade

Após o corte de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros na quarta-feira (6) pelo Comitê de Política Monetária (Copom), renovando seu piso histórico para 3% ao ano, as aplicações em renda fixa, que já estavam rendendo pouco, passaram a oferecer prêmios ainda mais irrisórios.

Na caderneta, os retornos passam a corresponder hoje a 2,28% ao ano. Em abril, a poupança rendeu 0,22%, ante variação de 0,28% do CDI. Nos últimos 12 meses, o retorno foi de 3,73%, enquanto o CDI teve variação de 5,19%.

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