Poupança: Brasileiro volta a colocar dinheiro na caderneta em novembro, mas saldo segue negativo em 2019

No acumulado do ano, caderneta possui resgates maiores que os aportes em R$ 3,9 bilhões

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Após os resgates superarem os depósitos na poupança em outubro, o brasileiro voltou a colocar dinheiro na caderneta em novembro. O produto encerrou o mês com captação líquida (depósitos menos resgates) de R$ 2,4 bilhões, o terceiro maior aporte do ano.

Apesar do resultado, a caderneta segue no vermelho no acumulado de 2019, com resgate líquido de R$ 3,9 bilhões. O saldo negativo de 2019 contrasta com os dados de 2017 e de 2018, quando a caderneta teve captações líquidas de R$ 17,1 bilhões e R$ 38,3 bilhões, respectivamente.

Em novembro, os trabalhadores voltaram a sacar dinheiro da conta ativa ou inativa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). De acordo com a Caixa Econômica Federal, até o dia 5 do mês passado, foram pagos mais de R$ 17,4 bilhões do saque imediato do FGTS para cerca de 41,3 milhões de trabalhadores.

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Baixa rentabilidade

Com a taxa básica de juros em trajetória de queda, o rendimento da caderneta também tem diminuído. A Selic no patamar de 5% ao ano hoje significa um retorno de 3,5% da poupança. Com a expectativa de um corte adicional de 0,50 ponto percentual em dezembro, para 4,5%, o retorno da poupança será reduzido para 3,15% ao ano.

Em novembro, a caderneta rendeu 0,29% e, em 2019, a rentabilidade chega a apenas 3,96%, ante um CDI de 5,57%.

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Mais importante do que a redução de rentabilidade com a queda dos juros, o investidor precisa se atentar à variação da inflação, que pode corroer seus rendimentos. Para 2020, é esperada inflação de 3,6%, o que, no cenário atual e considerando as expectativas de novos cortes da Selic, levaria à perda de dinheiro na caderneta.

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