Para OCDE, doenças animais são única ressalva para comércio mundial de carnes

No caso da erradicação de doenças como a febre aftosa e a gripe aviária, crescimento do setor seria surpreendente

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Há alguns anos, o mercado agrícola previa um forte avanço no comércio internacional de carne. No entanto, doenças animais impediram que essa estimativa fosse plenamente concretizada.
Para a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), essas doenças representam hoje a grande ressalva para o setor de alimentos. Se elas forem prevenidas ou remediadas com agilidade, a oferta e a demanda de carnes terá destaque dentro da agricultura mundial.
Por que as doenças incomodam tanto?

O crescimento do comércio internacional de carnes vem se tornando cada vez mais dependente do consumo de países desenvolvidos. Nessas nações, o conceito de disponibilidade alimentar já não é suficiente para determinar os padrões de demanda.
Consumidores mostram-se muito exigentes quanto à qualidade da carne importada. Logo, quaisquer ameaças à saúde, como a febre aftosa ou a gripe aviária, são imediatamente vetadas via embargos.
O resultado, enfatiza a OCDE, é uma reação radical a confirmações oficiais ou mesmo rumores de rebanhos infectados. O que, como mostra o passado recente, suspende relações comerciais por intervalos de tempo consideráveis.
E se elas forem controladas?

No caso de controle das doenças animais, explica a Organização, as perspectivas são bastante otimistas para o comércio de carnes.
Japão e Coréia do Sul devem aumentar suas importações de carne bovina e suína. Já China, México e Rússia continuarão com o posto de principais compradores mundiais de carne de frango.
Do lado das exportações, destaque para os Estados Unidos e o Canadá, que recuperariam parte do market share perdido nos últimos anos. Os países da América do Sul também merecem elogios da OCDE, dados seus baixos custos de produção no setor.