Os fundos imobiliários mais recomendados pelos analistas para comprar em dezembro

Sem alterações na carteira para este mês, preferência permanece sobre o setor de galpões logísticos

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Enquanto a possível chegada de uma vacina contra a Covid-19 no próximo ano traz otimismo para o mercado financeiro, o ambiente de aumento do número de casos da doença no Brasil e de novas restrições no estado de São Paulo pode respingar sobre o setor de fundos imobiliários e deve ser monitorado de perto.

Levantamento feito pelo InfoMoney com nove casas de análise mostra que os gestores não realizaram grandes movimentações no portfólio recomendado de fundos imobiliários para dezembro, sendo mantido o foco no segmento de galpões, e em nomes como BTG Pactual Logística, Vinci Logística e XP Log.

“O setor tem se mostrado o mais resiliente e com novos desenvolvimentos para entrega nos próximos anos. A logística ainda tem muito o que ser desenvolvida no Brasil e isso traz oportunidade tanto para os desenvolvedores, quanto para gestores de FIIs e investidores”, diz Raul Grego, analista de fundos imobiliários da Eleven Financial Research.

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Fazem parte ainda da seleção compilada o fundo híbrido do Credit Suisse, CSHG Renda Urbana, bem como o fundo de fundos imobiliários RBR Alpha.

Ao investidor interessado no nicho, o mercado local de FIIs ganhou duas importantes novidades nas últimas semanas: o primeiro ETF de FIIs e a liberação do aluguel de cotas de fundos imobiliários.

Segundo Grego, apesar de o mercado de aluguel para FIIs ainda ser limitado, restrito a determinados ativos, é um “bom sinal” de amadurecimento da indústria e tende a contribuir para aumentar a liquidez do mercado.

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A carteira de fundos imobiliários do InfoMoney conta com os cinco fundos mais recomendados para o mês. Para critério de desempate, são selecionados aqueles com maior volume médio nos últimos 12 meses, com base em dados da provedora de informações financeiras Economatica.

Confira a seguir os fundos imobiliários mais recomendados pelos analistas para o último mês de 2020:

Fundo Código Recomendações Retorno em novembro Retorno em 12 meses
BTG Pactual Logística (BTLG11) 5 +1,90% +24,71%
Vinci Logística (VILG11) 5 -1,42% +9,45%
CSHG Renda Urbana (HGRU11) 4 +2,06% +6,78%
RBR Alpha Multigestão (RBRF11) 4 +5,23% +0,22%
XP Log (XPLG11) 4 -0,48% +10,33%
Ifix (IFIX) 1,51% -2,83%
OBS.: A rentabilidade leva em consideração o reinvestimento dos dividendos.
Fontes: Economatica e corretoras (Ativa Investimentos, BB Investimentos, BTG Pactual, Genial, Guide, Mirae Asset, Necton, Santander Corretora e XP).

BTG Pactual Logística (BTLG11)

Com cinco recomendações, o fundo de galpões do BTG Pactual é, na avaliação dos analistas da Guide, o melhor nome dentro do setor logístico, dado o pipeline de aquisições, o valor reprimido em ativos do portfólio e o desconto da ordem de 10% em relação ao valor patrimonial na comparação com os pares.

Já a Ativa Investimentos argumenta que, além da diversificação do portfólio entre setores da indústria, como alimentos e bebidas, construção e cosméticos, por exemplo, grande parte dos contratos são atípicos de longo prazo e apresentam qualidade nos locatários.

Em novembro, o fundo concluiu sua nona emissão de cotas, com captação total de R$ 600 milhões, sendo subscritas seis milhões de cotas incluindo o lote adicional.

Vinci Logística (VILG11)

Em relação ao FII de galpões da Vinci Partners, a equipe da Santander Corretora diz que a recomendação leva em conta o portfólio defensivo para o cenário atual, dado que 44% das receitas são oriundas de locatários do e-commerce, com inquilinos como Tok&Stok, Magazine Luiza e Ambev.

A XP Investimentos destaca que o FII está bem posicionado para aproveitar o avanço do varejo online e o aumento da inflação.

Isso porque 32% dos contratos em carteira estão indexados ao IGP-M – índice que acumula inflação de 24,25% em 12 meses.

Além disso, o FII adquiriu em outubro o Caxias Park, galpão logístico localizado no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, o que vai permitir maior exposição a inquilinos consolidados como L’Oreal Brasil e MN Tecidos, diz o relatório da XP.

CSHG Renda Urbana (HGRU11)

Para este mês, o fundo do Credit Suisse recebeu quatro menções, uma delas do BB Investimentos.

Segundo os analistas, a recomendação de compra é pautada no portfólio com cerca de 90% dos contratos de aluguel atípicos, além de uma carteira diversificada com imóveis educacionais (Ibmec, Estácio, São Judas) e de varejo, como Lojas Big e Sam’s Club.

A Santander Corretora, por sua vez, chama atenção para a conclusão da aquisição de 66 imóveis das Casas Pernambucanas, permitindo que o fundo diversifique ainda mais seu portfólio em diferentes cidades e regiões do país. “Estimamos um yield atrativo de 6,4% nos próximos 12 meses, isento de IR”, escrevem os analistas.

RBR Alpha ([ativo=RBRF11])

No caso do fundo de fundos imobiliários RBR Alpha, a avaliação dos analistas da Necton é a de que o fundo está bem posicionado para continuar gerando bons dividendos, com o foco em ativos “Alpha” (FIIs de imóveis prontos com potencial de valorização) e “Beta” (via posições táticas em FIIs mais sensíveis às oscilações de curto prazo).

A Santander Corretora destaca que o fundo possui uma carteira diversificada, com 30 fundos imobiliários, além de uma gestão ativa que permite acesso indireto do investidor pessoa física a ofertas restritas, cuja alocação é prioritariamente feita junto aos investidores institucionais.

XP Log (XPLG11)

Com um portfólio composto por 17 ativos, sendo dois deles em fase de construção, o fundo de galpões logísticos XP Log recebeu quatro menções este mês, uma delas do BTG Pactual.

Segundo os analistas, o portfólio é pulverizado com ativos bem localizados, em regiões de São Paulo, Pernambuco e Minas Gerais, possui bons locatários, como Panasonic, Lojas Renner, Leroy Merlin e Grupo Pão de Açúcar, além de contar com boa liquidez das cotas no mercado secundário.

Já o time de análise da Guide diz gostar da ampla diversificação geográfica e setorial dos ativos do portfólio, da atratividade das últimas aquisições, bem como da “excelente” gestão.

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