Ofertas de CRIs crescem 305% em fevereiro, aponta Anbima

De forma geral, as ofertas no mercado de capitais chegaram a R$ 43,2 bilhões em fevereiro, alta de 170%

Wellington Carvalho

(Getty Images)

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As ofertas de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) totalizaram R$ 7,4 bilhões em fevereiro e R$ 10,9 bilhões no bimestre, aponta boletim mensal da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Os números representam um crescimento de 305,7% e de 298,2%, respectivamente, ante o mesmo período do ano anterior.

O resultado ocorre pouco mais de um mês após o Conselho Monetário Nacional (CMN) promover mudanças nas normas que regem a emissão de títulos como os CRIs e CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio). Um mês depois, houve ajustes nas alterações.

No mês passado, as emissões de CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) tiveram expansão de 54%, para R$ 3,6 bilhões. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, a expansão é de 67%, para R$ 5,1 bilhões.

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De forma geral, as ofertas no mercado de capitais chegaram a R$ 43,2 bilhões em fevereiro, aponta o estudo da Anbima, registrando um aumento de 170,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No primeiro bimestre, o volume captado atingiu R$ 64 bilhões, com alta de 50,6% ante o mesmo período de 2023.

As ofertas de debêntures mais uma vez lideraram as captações, somando R$ 22,4 bilhões em fevereiro, com um salto de 237,1% ante o mesmo mês do ano passado, e R$ 30,7 bilhões no bimestre, com crescimento de 21,1% no confronto com igual intervalo em 2023.

A maioria das emissões no acumulado deste ano foi direcionada para gestão ordinária dos negócios (32,2%) e investimentos em infraestrutura (16,9%). O prazo médio dos papéis ficou em 6,79 anos, patamar bem próximo do contabilizado no mesmo período do ano passado (6,95 anos).

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Os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) também apresentaram alta, chegando a R$ 2,5 bilhões em fevereiro e a R$ 5,5 bilhões no ano, contabilizando aumentos de 74,3% e de 51,8%, respectivamente.

Nos produtos híbridos, os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) se destacaram, atingindo R$ 4,0 bilhões em fevereiro, com 123,9% de alta, e R$ 7,1 bilhões no primeiro bimestre, com crescimento de 114,5%.

Na renda variável, as primeiras operações de follow-on (oferta subsequente de ações) do ano foram encerradas, totalizando R$ 3,1 bilhões em emissões em fevereiro. Nos dois primeiros meses de 2023, não houve ofertas.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.