O que muda com juros altos em 2025? Para gestores Outliers, mais oportunidades

Para os principais gestores premiados pela Premiação Outliers, a taxa representa, sim, dificuldades para algumas classes de ativos, mas pode trazer oportunidades

Victória Anhesini Camille Bocanegra

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Como esperado, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a Selic foi elevada para 13,25% ao ano. A indicação tanto da ata do Copom quanto do próprio comunicado que acompanhou a decisão é de mais uma alta na próxima reunião, pelo menos. Apesar da elevação e da sugestão de maiores juros nos meses seguintes, o comunicado foi bem recebido pelo mercado.

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Para os principais gestores premiados pela Premiação Outliers InfoMoney, a taxa representa, sim, dificuldades para algumas classes de ativos, mas pode representar de forma mais forte oportunidades.

“Certamente será um ano desafiador e toda a inflação gerada na pandemia, ainda não foi possível se acertar”, afirma Flávia Krauspenhar da Capitânia. Em sua visão, o momento é favorável para aumento de exposição em renda fixa, ainda que o risco maior possa assustar o investidor. Seu entendimento é que a taxa de juros apenas começará a cair no ano que vem e, por isso, o momento se torna mais interessante para investimentos indexados à inflação.

Para os fundos imobiliários, mesmo com preços muito atrativos, semelhante a momentos econômicos difíceis, o cenário se mantém complexo para o investidor. “Um ano atrás, estávamos em um momento próspero, com a Selic caindo, e a gente via muito investidor interessado em fundos imobiliários.”

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O cenário hoje é de aversão ao risco muito grande, com o investidor retornando para renda fixa pura, sem olhar para médio/longo prazo”, sustenta Ricardo Amendra, fundador e CEO da RBR.

Para a Ricardo Eleuterio, da Bradesco Asset, o crédito privado segue como protagonista após enfrentar um momento muito turbulento em 2023. Com cenário de juros tão alto, a renda fixa atualmente segue como a principal classe no Brasil.

“Existe um mercado completamente diferente do crédito privado no Brasil. Hoje há uma gestão ativa de crédito privado e a classe continua sendo o protagonista”, considera. “Começamos a ver mais investidores procurando alocar mais em Brasil e, apesar do cenário, estamos muito otimistas com o Brasil”.