Nova bolsa não deve impactar em custos para pessoa física investir

De acordo com gerente de Home Broker da Souza Barros, nova bolsa deve ser mais competitiva entre grandes investidores

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – A chegada ao Brasil de uma nova bolsa de valores não deve trazer impactos significativos em termos de custos para se investir aos aplicadores pessoas físicas, afirmou o gerente de Home Broker da corretora Souza Barros, Daniel Garcia.

Na terça-feira (15), a gestora de recursos Claritas e a Bats Global Markets, uma plataforma eletrônica com sede nos Estados Unidos, confirmaram que estão estudando oportunidades no mercado brasileiro, como haviam apontado rumores de mercado.

Em entrevista ao portal InfoMoney, o vice-presidente sênior de desenvolvimento de negócios e marketing da Bats, Ken Conklin, disse que as fricções que a bolsa vê no mercado brasileiro são altos preços para os clientes e tecnologia deficitária.

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Impacto no bolso
De acordo com Garcia, a nova bolsa deve ser mais competitiva em custos para os investidores que movimentam grandes quantias.

“A crítica da Bats ao Brasil se dá por conta das operações de investidores institucionais. Porque, no mercado dos Estados Unidos, a bolsa tem um teto para custos. Aqui no Brasil é aplicado um percentual sobre o volume investido, independentemente da quantidade. A Bats tem uma política mais agressiva e negociação mais flexível”, afirmou.

Ele disse ainda que os investidores pessoas físicas não devem sentir tanto impacto nos custos, porque, em operações de menor valor, o que se paga à bolsa é muito pouco. “Para pessoa física, impacta muito pouco, porque a gente fala de diferenças expressivas em custos quando fala de volumes altos”.

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No Brasil, investidores pessoas físicas pagam 0,0285% para negociação e 0,006% em liquidação, o que dá um total de 0,0345%. “O custo para a bolsa é irrisório em uma operação de R$ 1 mil. Quando vai para R$ 100 milhões, essa relação muda”, disse Daniel.