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Como comprar ações da Amazon; passo a passo para investir

Com novos negócios em expansão, comprar ações da Amazon é uma aposta na inovação

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

Nascida como uma livraria virtual, a Amazon rivaliza com outras gigantes da tecnologia o posto de empresa mais valiosa do mundo. Fundada em 1994 pelo empresário Jeff Bezos, a companhia foi uma das responsáveis por revolucionar a maneira como as pessoas fazem compras – e não apenas de livros. Comprar ações da Amazon é uma aposta na inovação.

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Uma aposta, aliás, que vem funcionando nos últimos anos. A receita da Amazon em 2018 somou cerca de US$ 232 bilhões, um número 30% maior do que o verificado em 2017. Em função desse crescimento, o valor de mercado da companhia também aumentou exponencialmente nesta década, beirando US$ 1 trilhão, como demonstra o gráfico abaixo:

O que considerar antes de comprar

A Amazon é mais do que um e-commerce

A Amazon se notabilizou por oferecer um imenso catálogo de livros e outros produtos na sua loja virtual, além de garantir bons preços e a entrega mais rápida possível. Por isso, a imagem que você faz da Amazon talvez seja só a de um dos maiores e-commerces do mundo. Mas a empresa, na verdade, está longe de ser apenas isso.

Com quase 650 mil funcionários em vários países, a Amazon também tem lojas físicas. Além disso, fabrica produtos como o leitor de livros digitais Kindle e a assistente virtual Alexa. Nos últimos anos, entrou no segmento de streaming, com o serviço Amazon Prime Video, que também tem produção própria de conteúdo, a exemplo da Netflix.

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Esses são os produtos e serviços da Amazon disponíveis diretamente aos consumidores. Mas há outras áreas de negócio que atendem empresas. A Amazon Web Services (AWS), por exemplo, se tornou uma das linhas de receita consistente da companhia. Atualmente, segundo os balanços da empresa, esse segmento representa 12% do seu resultado.

Desde 2006, a AWS oferece serviços de infraestrutura de tecnologia da informação (TI) em nuvem para outras empresas. A “cloud”, como é chamada em inglês, permite substituir diretamente gastos com equipamentos – como servidores – por uma espécie de assinatura junto a provedores como a Amazon.

A AWS tem uma enorme escala. Está disponível para empresas de 190 países ao redor do mundo. Os datacenters ficam nos EUA, Europa, Brasil, Cingapura, Japão e até Austrália. Esse é um dos segmentos de negócios promissores da Amazon, destacado por analistas que acompanham a companhia.

As ações da Amazon custam caro

As ações da Amazon são listadas desde 1997 na Nasdaq, bolsa de valores americana. Elas estrearam no pregão, mais de 20 anos atrás, valendo US$ 18. Atualmente, uma única ação da empresa custa 100 vezes mais do que isso. No fim de julho de 2019, os papéis estavam cotados a US$ 1.867 nos Estados Unidos.

Também é possível investir na Amazon diretamente na B3. Isso porque há BDRs da empresa disponíveis no pregão da bolsa brasileira. Os Brazilian Depositary Receipts são certificados que representam ações emitidas por empresas no exterior, mas negociados localmente. Esses papéis existem de fato lá fora, e ficam bloqueados em um custodiante.

Uma instituição depositária é responsável por garantir o funcionamento dessa estrutura, e também é quem emite os BDRs no Brasil. Na B3, eles podem ser comprados em reais. Mas não se iluda: eles continuam custando caro mesmo na moeda brasileira.

Cada ação da Amazon no exterior dá origem a dois BDRs da empresa no Brasil. E cada BDR era negociado a R$ 3.622 na B3 no fim de julho de 2019. A título de comparação, na mesma data as ações da Vale custavam cerca de R$ 50 e as do Bradesco, aproximadamente R$ 35.

Mais um detalhe: assim como as ações, os BDRs são negociados em lotes-padrão de 100 certificados. Ao operar quantidades menores do que essa, a compra é fechada no mercado fracionário. Como um lote-padrão de BDRs da Amazon sai por mais de R$ 360 mil, os negócios fracionados são comuns. De toda forma, atenção: se sua intenção é investir na empresa, aqui ou lá fora, prepare os bolsos.

A Amazon não paga dividendos

Embora venha apresentando resultados bilionários e crescentes ano após ano, a Amazon não costuma distribuir dividendos. Na verdade, a companhia nunca declarou ou pagou dividendos em suas ações. Em vez disso, a empresa opta por reinvestir todo o seu ganho no próprio negócio, com o objetivo de fazê-lo avançar ainda mais desenvolvendo novidades.

Não é raro que empresas de tecnologia, que precisam fazer grandes investimentos para crescer, restrinjam a distribuição de proventos. No entanto, companhias tão badaladas quanto a Amazon – como a Apple e a Microsoft – pagam dividendos regularmente aos seus acionistas.

Analistas não enxergam uma perspectiva clara de que a Amazon passe a distribuir dividendos num horizonte curto de tempo. A gestão parece confiar que a valorização dos papéis seja suficiente para conquistar cada vez mais investidores, sem a necessidade de lhes oferecer atrativos adicionais.

Passo a passo para investir na Amazon

O investidor brasileiro interessado em investir na Amazon pode escolher entre as ações listadas na Nasdaq e os BDRs da empresa na B3. Na bolsa brasileira, os recibos da companhia são os mais negociados: responderam por 7,26% das operações realizadas com BDRs no pregão. Os certificados da Amazon são identificados pelo código “AMZO34” no mercado.

Seja para comprar os BDRs na B3, seja para aplicar diretamente na Nasdaq, é preciso seguir algumas etapa antes de investir na Amazon. Confira quais:

Na bolsa brasileira (B3)

Para comprar BDRs na bolsa de valores, é preciso ter uma conta aberta em uma corretora. Essas instituições enviam as ordens de compra e venda dos investidores para o pregão. O mesmo procedimento serve para comprar ações brasileiras também. Existem mais de 80 corretoras autorizadas pela B3.

Para escolher entre elas, comece verificando o preço das taxas de corretagem. Esse valor (que pode ser fixo, em reais, ou um percentual sobre a operação) é cobrado em cada compra ou venda de ações ou BDRs.

É necessário ter dinheiro na conta para que a corretora execute uma ordem na bolsa. Isso é feito por meio de uma transferência (TED ou DOC) a partir do banco do investidor. Depois, basta acessar o home broker – sistema de negociação online – ou contatar a mesa de operações pelo telefone para passar o pedido. Ele deve especificar a quantidade de ações a adquirir e a que preço.

Na bolsa americana (Nasdaq)

Para comprar ações da Amazon diretamente na Nasdaq o processo é semelhante, mas realizado por meio de uma instituição financeira internacional. Em algumas delas, é possível enviar os documentos e abrir uma conta com facilidade.

É preciso atentar aos procedimentos de transferência de dinheiro para a conta internacional – ela também precisa estar abastecida para que o investidor possa efetivar a compra das ações. Isso é feito por meio de uma remessa, usando os serviços de um banco ou corretora de câmbio autorizada pelo Banco Central.

Nas remessas internacionais, incide Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), a uma alíquota de 0,38% se as duas contas tiverem titularidade diferente. Se a titularidade for a mesma, a alíquota é de 1,1%. A transferência normalmente também envolve o pagamento de tarifas à instituição financeira. A referência para a operação costuma ser o câmbio comercial, mais um valor adicional.

Feita a transferência, é só começar a operar. O Imposto de Renda é recolhido no Brasil, mensalmente, com um Darf (documento de arrecadação de receitas federais). Quem aplica como pessoa física nos Estados Unidos paga alíquota de 15% sobre o ganho de capital de até R$ 5 milhões, chegando a 22,5% em valores acima de R$ 30 milhões. A variação cambial deve ser considerada, caso a origem dos recursos tenha sido originalmente em reais.

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