Investimentos das pessoas físicas ultrapassam R$ 3 trilhões pela primeira vez

A maior parte dos investidores segue concentrada no varejo tradicional, com 73,8 milhões de contas. O volume aplicado por esse público chegou a R$ 1,881 trilhão até junho

Anderson Figo

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SÃO PAULO — Os investimentos financeiros da população brasileira alcançaram R$ 3,058 trilhões no primeiro semestre de 2019. O resultado representa alta de 5% em relação ao total de 2018 (R$ 2,912 trilhões). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (8) pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Foi a primeira vez que os investimentos das pessoas físicas brasileiras ultrapassaram R$ 3 trilhões. A maior parte dos investidores segue concentrada no varejo tradicional, com 73,8 milhões de contas. O volume aplicado por esse público chegou a R$ 1,881 trilhão até junho de 2019, com crescimento de 2,7% na comparação a dezembro de 2018. 

A categoria de alta renda puxou o resultado, com alta de 11% e R$ 968,7 bilhões investidos. Já o varejo tradicional recuou 4,8%, para R$ 912,7 bilhões. Do total de R$ 1,881 trilhão aplicado pelo varejo no semestre, a maior parte, um volume de R$ 729,8 bilhões, estava na poupança. Já R$ 626 bilhões estavam alocados em fundos de investimento e R$ 525,6 bilhões em títulos e valores mobiliários (como ações e debêntures, por exemplo).

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No semestre, as aplicações em fundos de ações e imobiliários se destacaram no varejo, com altas de 38,6% e 36,5%, respectivamente, R$ 23,8 bilhões e R$ 17,4 bilhões investidos. Mesmo com uma performance mais fraca, ligeira queda de 0,1%, a caderneta de poupança é o ativo ainda mais buscado pelos clientes desse segmento, com R$ 729,8 bilhões alocados. 

“Para os clientes do varejo tradicional, a poupança ainda é uma opção muito importante, principalmente pela característica de segurança que ela reflete. E é comum haver uma queda nas aplicações da caderneta no primeiro semestre, já que ela recebe um aporte pesado na segunda metade do ano, quando as pessoas recebem o 13º salário”, disse José Rocha, presidente do Comitê de Varejo da Anbima, em teleconferência.

“Já no varejo alta renda, temos visto um crescente apetite ao risco, reforçado nos últimos meses pelos juros mais baixos, o que justifica a entrada desses clientes nos fundos de ações e imobiliários, por exemplo”, completou o executivo.

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“Mas, no geral, a gente percebe que o investidor brasileiro vem se sofisticando, mesmo no varejo tradicional. O aumento do acesso à informação colabora para que os clientes fiquem mais tranquilos para assumir mais risco. A Anbima também vem trabalhando com seus agentes e certificações para garantir total transparência na distribuição dos produtos, o que também tranquiliza os investidores.” 

Private Banking

O private banking atingiu a marca de R$ 1,176 trilhão em recursos aplicados, volume que representa alta de 8,8% sobre o fim de 2018. Entre as 117,6 mil contas ativas, destaque para os investimentos em renda variável, que avançaram 17,4% (para R$ 172,7 bilhões), e em previdência aberta, que cresceu 9,7% (para R$ 125,9 bilhões). Os fundos de investimento somaram R$ 590 bilhões no semestre, alta de 9,1%.

“Os investimentos do segmento private não cresceram em ritmo tão acelerado quanto o varejo alta renda porque houve um aumento da exposição desse público no exterior, o que não incluímos nos nossos números. O segmento private tem mais facilidade para investir no exterior do que o cliente de varejo alta renda”, explicou Rocha.

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