Taxas de títulos do Tesouro Direto seguem em baixa; reunião do Copom começa nesta terça-feira

A expectativa, segundo instituições financeiras consultadas pelo Banco Central, é de que a Selic seja mantida no encontro, mas caia nas próximas reuniões

Mariana Zonta d'Ávila

"Shutterstock"

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda dos papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam nova queda na abertura desta terça-feira (18).

Dentre as principais notícias do dia está o início das reuniões dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, que se encerram amanhã e podem trazer novas indicações para as taxas de juros dos dois países.

Por aqui, instituições financeiras consultadas pelo Banco Central no Boletim Focus esperam que a Selic permaneça no atual patamar, de 6,5% ao ano. Com a desaceleração da retomada da atividade econômica e com a inflação controlada, porém, há expectativas de que a taxa básica de juros seja reduzida ainda neste ano, encerrando o período no patamar de 5,75%.

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O mercado também acompanha os debates da Comissão Especial da reforma da Previdência. 

No Tesouro Direto, o papel indexado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com vencimento em 2024 oferecia retorno de 3,27% ao ano (acrescido da inflação), ante 3,36% a.a. na segunda. Já os títulos com vencimentos em 2035 e 2045 pagavam o IPCA mais 3,82% ao ano, ante 3,89% a.a. na abertura anterior.

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A queda nas taxas também era encontrada nos papéis prefixados, como o com vencimento em 2022, que oferecia retorno anual de 6,46%, ante 6,50% a.a. na véspera. O investidor podia adquirir o papel integralmente por R$ 853,22 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 34,12 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação). 

Nesses títulos, o investidor sabe exatamente a rentabilidade que irá receber se mantiver a posição até a data de vencimento. Além disso, por terem rentabilidade predefinida, seu rendimento é nominal, ou seja, é necessário descontar a inflação para obter o retorno real da aplicação.

Confira, abaixo, os preços e as taxas dos títulos do Tesouro Direto nesta terça-feira:
Título Vencimento Taxa de Rendimento (a.a.) Valor Mínimo Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 3,27% R$ 54,73 R$ 2.736,64
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,82% R$ 35,64 R$ 1.782,29
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,82% R$ 36,79 R$ 1.226,36
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 3,33% R$ 38,28 R$ 3.828,71
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,71% R$ 41,15 R$ 4.115,91
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 3,89% R$ 45,02 R$ 4.502,99
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 6,46% R$ 34,12 R$ 853,22
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 7,42% R$ 33,66 R$ 673,23
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 7,82% R$ 35,58 R$ 1.186,26
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02% R$ 101,57 R$ 10.157,62

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho. Além disso, há incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos, alíquota que varia de acordo com o período de investimento (tabela regressiva).

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