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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda dos papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam queda nesta segunda-feira (10).
Dentre as principais notícias do dia está o 15º corte na projeção de crescimento do país. De acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta manhã, a mediana das expectativas dos economistas ouvidos aponta para uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1% em 2019, ante previsão anterior de 1,13%. Para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a previsão caiu de 4,03% para 3,89% este ano.
No âmbito político, as preocupações cresceram após o site The Intercept publicar trechos de mensagens atribuídas a procuradores da operação Lava-Jato e ao ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro. Segundo o site, procuradores, entre eles Deltan Dallagnol, trocaram mensagens pelo aplicativo Telegram com Moro sobre assuntos investigados pela operação.
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No exterior, as tensões dos investidores diminuíram após os Estados Unidos firmarem um acordo comercial com o México.
No Tesouro Direto, o papel prefixado com vencimento em 2022 oferecia retorno de 6,72% ao ano, ante 6,79% a.a. na sexta-feira, enquanto o com vencimento em 2025 pagava uma taxa anual de 7,74%, ante 7,79% a.a. no último pregão.
Nesses títulos, o investidor sabe exatamente a rentabilidade que irá receber se mantiver o investimento até a data de vencimento. Além disso, por terem rentabilidade predefinida, seu rendimento é nominal, ou seja, é necessário descontar a inflação para obter o retorno real da aplicação.
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O movimento de queda nas taxas também era encontrado nos papéis indexados ao IPCA. O título com vencimento em 2024 pagava uma taxa anual de 3,44% (acrescida da inflação), ante 3,53% a.a. na véspera. O investidor podia adquirir o papel hoje integralmente por R$ 2.710,91 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 54,21 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).
Já o Tesouro IPCA+ com juros semestrais e vencimento em 2026 pagava a inflação mais 3,52% ao ano, ante 3,61% a.a. na última abertura.
Título | Vencimento | Taxa de Rendimento (a.a.) | Valor Mínimo | Preço Unitário | ||
---|---|---|---|---|---|---|
Indexados ao IPCA | ||||||
Tesouro IPCA+ 2024 | 15/08/2024 | IPCA + 3,44% | R$ 54,21 | R$ 2.710,91 | ||
Tesouro IPCA+ 2035 | 15/05/2035 | IPCA + 3,93% | R$ 35,01 | R$ 1.750,69 | ||
Tesouro IPCA+ 2045 | 15/05/2045 | IPCA + 3,93% | R$ 35,75 | R$ 1.191,97 | ||
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 | 15/08/2026 | IPCA + 3,52% | R$ 37,83 | R$ 3.783,42 | ||
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 | 15/05/2035 | IPCA + 3,83% | R$ 40,59 | R$ 4.059,11 | ||
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 | 15/08/2050 | IPCA + 4,03% | R$ 43,98 | R$ 4.398,93 | ||
Prefixados | ||||||
Tesouro Prefixado 2022 | 01/01/2022 | 6,72% | R$ 33,86 | R$ 846,65 | ||
Tesouro Prefixado 2025 | 01/01/2025 | 7,74% | R$ 33,05 | R$ 661,08 | ||
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 | 01/01/2029 | 8,12% | R$ 34,90 | R$ 1.163,36 | ||
Indexados à Taxa Selic | ||||||
Tesouro Selic 2025 | 01/03/2025 | Selic + 0,02% | R$ 101,42 | R$ 10.142,58 |
Fonte: Tesouro Direto
Baixo risco, liquidez e acessibilidade
O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.
O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.
O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho. Além disso, há incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos, alíquota que varia de acordo com o período de investimento (tabela regressiva).
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