Tesouro Direto: taxas de títulos públicos caem na abertura do dia

Ruídos políticos envolvendo o ministro da Justiça Sérgio Moro e mais um corte na projeção de crescimento do país em 2019 pesam sobre o mercado

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda dos papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam queda nesta segunda-feira (10).

Dentre as principais notícias do dia está o 15º corte na projeção de crescimento do país. De acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta manhã, a mediana das expectativas dos economistas ouvidos aponta para uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1% em 2019, ante previsão anterior de 1,13%. Para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a previsão caiu de 4,03% para 3,89% este ano.

No âmbito político, as preocupações cresceram após o site The Intercept publicar trechos de mensagens atribuídas a procuradores da operação Lava-Jato e ao ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro. Segundo o site, procuradores, entre eles Deltan Dallagnol, trocaram mensagens pelo aplicativo Telegram com Moro sobre assuntos investigados pela operação.

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No exterior, as tensões dos investidores diminuíram após os Estados Unidos firmarem um acordo comercial com o México.

No Tesouro Direto, o papel prefixado com vencimento em 2022 oferecia retorno de 6,72% ao ano, ante 6,79% a.a. na sexta-feira, enquanto o com vencimento em 2025 pagava uma taxa anual de 7,74%, ante 7,79% a.a. no último pregão.

Nesses títulos, o investidor sabe exatamente a rentabilidade que irá receber se mantiver o investimento até a data de vencimento. Além disso, por terem rentabilidade predefinida, seu rendimento é nominal, ou seja, é necessário descontar a inflação para obter o retorno real da aplicação.

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O movimento de queda nas taxas também era encontrado nos papéis indexados ao IPCA. O título com vencimento em 2024 pagava uma taxa anual de 3,44% (acrescida da inflação), ante 3,53% a.a. na véspera. O investidor podia adquirir o papel hoje integralmente por R$ 2.710,91 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 54,21 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Já o Tesouro IPCA+ com juros semestrais e vencimento em 2026 pagava a inflação mais 3,52% ao ano, ante 3,61% a.a. na última abertura.

Confira, abaixo, os preços e as taxas dos títulos do Tesouro Direto nesta segunda-feira:
Título Vencimento Taxa de Rendimento (a.a.) Valor Mínimo Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 3,44% R$ 54,21 R$ 2.710,91
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,93% R$ 35,01 R$ 1.750,69
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,93% R$ 35,75 R$ 1.191,97
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 3,52% R$ 37,83 R$ 3.783,42
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,83% R$ 40,59 R$ 4.059,11
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 4,03% R$ 43,98 R$ 4.398,93
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 6,72% R$ 33,86 R$ 846,65
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 7,74% R$ 33,05 R$ 661,08
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 8,12% R$ 34,90 R$ 1.163,36
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02% R$ 101,42 R$ 10.142,58

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho. Além disso, há incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos, alíquota que varia de acordo com o período de investimento (tabela regressiva).

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