Prêmio de R$ 125 mi da Mega-Sena garantiria renda mínima de R$ 462,5 mil ao mês hoje

Se aplicado na caderneta de poupança, valor se multiplicaria para R$ 195 milhões em dez anos. Para garantir retornos mais expressivos, sorteado deve buscar a diversificação

Beatriz Cutait

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SÃO PAULO – Com prêmio acumulado pela 11ª vez consecutiva, desta vez no valor de nada menos que R$ 125 milhões, a Mega-Sena poderá deixar a vida de um sortudo bem mais tranquila.

Se apenas uma pessoa receber o prêmio total no sorteio, ela poderá garantir um rendimento mensal de no mínimo R$ 462,5 mil ao destinar 100% do valor à aplicação mais demandada (embora não seja a mais recomendada) pelos brasileiros, a caderneta de poupança.

Utilizando como base a taxa selic estável em 6,5% ao ano e os dados dos últimos 12 meses, o sorteado teria um retorno bruto (sem descontar a inflação) de 4,55% em um ano na poupança, o que aumentaria o prêmio para R$ 130,7 milhões no período. Em cinco anos, a soma subiria para R$ 156 milhões e, em dez anos, para R$ 195 milhões.

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Considerando aplicações que rendem 100% do CDI, ainda bastante conservadoras, o prêmio garantiria R$ 650 mil ao mês, também sem descontar a inflação. O valor total aumentaria para cerca de R$ 133 milhões, em um ano, R$ 170 milhões, em cinco anos, e R$ 231,1 milhões, em dez anos.

Como há custos e incidência de Imposto de Renda sobre aplicações de renda fixa como títulos públicos e CDBs, prazos maiores de investimento e rentabilidades mais elevadas fariam bastante diferença na comparação com a poupança, que ainda tem forte apelo entre os brasileiros por conta da isenção tributária e da simplicidade do investimento.

Confira na tabela a seguir como o prêmio de R$ 125 milhões aumentaria ao longo do tempo se o investidor destinasse 100% do montante à poupança e a aplicações, como CDBs, que rendessem 100%, 110% e 120% do CDI. Os dados têm como base informações da Economatica.

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Investimento Valor total após 1 ano Valor total após 5 anos Valor total após 10 anos
Caderneta de Poupança R$ 130,7 milhões R$ 156,1 milhões R$ 195,1 milhões
CDB com retorno de 100% do CDI R$ 132,9 milhões R$ 170 milhões R$ 231,1 milhões
CDB com retorno de 110% do CDI R$ 133,75 milhões R$ 175,3 milhões R$ 245,9 milhões
CDB com retorno de 120% do CDI R$ 134,6 milhões R$ 180,8 milhões R$ 261,5 milhões

 

Diversificação

Embora os cálculos acima demonstrem a importância de se buscar retornos melhores que os da poupança para alocar o dinheiro e o quanto o prazo das aplicações faz diferença, é fundamental ao sorteado (ou aos sorteados) construir uma carteira mais diversificada para diluir riscos e garantir maiores retornos com o tempo.

Ainda que os retornos de aplicações de renda variável não possam ser estimados e que os dados passados não garantam rentabilidades futuras, vale lembrar que a Bolsa brasileira tem feito a diferença para investidores menos conservadores nos últimos anos. O Ibovespa, índice referencial do mercado de ações, apresenta alta de 122% desde 2016.

Esta matéria foi atualizada. A reportagem publicada anteriormente considerou a rentabilidade da poupança antiga, cujas regras vigoraram até maio de 2012. Nela, o retorno equivalia a 0,50% mais a variação da TR.

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Beatriz Cutait

Editora de investimentos do InfoMoney e planejadora financeira com certificação CFP, responsável pela cobertura do universo de investimentos financeiros, com foco em pessoa física.