Brasileiro paga cesta de tarifas de bancos à toa, mostra GuiaBolso

A pesquisa contou com 93.137 usuários do aplicativo e avaliou o comportamento de cada um durante um mês          

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – Os bancos brasileiros lucram muito com a falta de conhecimento dos clientes. Segundo uma pesquisa do aplicativo Guiabolso, 99,35% das pessoas economizariam se trocassem o pacote de serviços atual pelo pacote de serviços essenciais do banco – que, por lei, deve ser gratuito – e pagasse pelos serviços de forma avulsa. 

A pesquisa contou com 93.137 usuários do aplicativo e para fazer o cálculo avaliou o comportamento de cada um durante um mês. 

Por exemplo: se a pessoa fez dois saques e um TED, o cálculo considerava somente o valor desses serviços e o comparava com o que a pessoa já paga atualmente. Na pesquisa, entraram as cinco principais cestas dos maiores bancos do país: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander.

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Um em cada quatro entrevistados gasta mais que R$ 40 todos os meses com os serviços da cesta bancária. Juntas, estas pessoas deixaram de economizar R$ 534 milhões em um ano.

O Banco Central define que pacote essencial gratuito inclui: fornecimento de cartão de débito e de sua segunda via; dez folhas de cheques por mês e a compensação de cheques; até quatro saques por mês; até dois extratos por mês via terminal de autoatendimento; realização de duas transferências entre contas na própria instituição por mês; e consultas pela internet.

“Os consumidores não usam tudo o que o pacote oferece. Mesmo se utilizasse o serviço essencial e tivesse de pagar individualmente pelas transferências TED e DOC, saques a mais e emissão de cheque, seria mais barato sair da cesta atual”, diz o CEO do Guiabolso, Thiago Alvarez.

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Na prática, as pessoas mantêm suas contas em bancos, pagando taxas que não precisariam pagar. Pior, às vezes, nem sabem quanto pagam. A pesquisa mostra quanto as pessoas acham que pagam pelos serviços que usam no banco e quanto realmente pagam.

Do total, 43% afirmou não saber quanto paga na cesta de serviços. Do restante das pessoas, que afirmaram saber quanto paga,  37% errou a quantia gasta. Quer fugir dos bancos e ganhar dinheiro ao invés de pagar taxas absurdas? Invista! Abra uma conta gratuita na XP. 

Veja quanto os entrevistados realmente pagam e quanto acham que pagam:

Valor realmente pago na cesta bancária:  Porcentagem dos entrevistados que pagam esse valor: 
Até R$ 20 39,22%
Entre R$ 20 e R$ 40 34,60%
Entre R$ 40 e R$60 9,40%
Mais de R$ 60 16,48%
Valor que as pessoas acham que pagam na cesta bancária: Porcentagem dos entrevistados que pagam esse valor
Nada 12,50%
Até R$ 20 31,60%
Entre R$ 20 e R$ 40 25,50%
Entre R$ 40 e R$60 13,70%
Mais de R$ 60 16,70%

Uma matéria do InfoMoney apurou que os 5 maiores bancos do país tiveram juntos uma receita de R$ 27,3 bilhões com tarifas em 2017. Esse valor considera apenas serviços de conta corrente – olhando o balanço dos bancos, não tem como saber exatamente quanto os brasileiros perdem pagando taxas. Ou seja, o valor total de tarifas pagas é, na verdade, ainda muito maior.

Um estudo do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) divulgado no final do ano passado mostrou que os preços dos serviços bancários (tarifas avulsas e pacotes de serviços) dos cinco maiores bancos tiveram aumentos muito acima da inflação entre outubro de 2016 e novembro de 2017. Entre os 58 pacotes de tarifas oferecidos pelos cinco bancos, 47 sofreram aumento de preço.

Isso tudo só em taxas, sem discutir a questão de investimentos. Por vezes, além de pagar muito a mais devido às tarifas, as pessoas têm ainda boa parte de seu patrimônio aplicado na poupança, quando o dinheiro poderia estar investido em instituições que oferecem uma rentabilidade muito melhor em diversos produtos do mercado financeiro.

Seu dinheiro tão suado não merece morrer nas taxas dos bancos. Invista: abra uma conta gratuita na XP! 

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.