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SÃO PAULO – Ciente de que a maioria dos investidores, principalmente os menos experientes, está mais propensa a vender uma ação antes do momento ideal do que a manter sua posição por um período mais longo, o Instituto Nacional dos Investidores dedicou um capitulo inteiro do seu Guia Oficial para descrever em quais situações a venda de um papel realmente não se apresenta como uma alternativa lucrativa.
Antes de optar por rever a composição de uma carteira e vender uma determinada ação, o guia do INI ressalta que o investidor deve primeiro se preocupar em escolher um outro ativo substituto, que, necessariamente, tem que ter um menor risco de desvalorização e um maior potencial de valorização, para que a troca seja realmente justificável.
Além disso, um ponto muito importante e usualmente desmerecido pelos aplicadores diz respeito aos custos da transação. Além dos dispêndios incorridos com a dupla operação de compra e venda de um ativo, existem ainda os impostos que terão de ser calculados e que levam os ganhos obtidos como base de cálculo.
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Falsos motivos para a venda de uma ação
O resultado de anos de investimento bem-sucedidos e o objetivo de aperfeiçoar a composição de uma carteira são, sem dúvida nenhuma, bons motivos para a venda de uma ação. No entanto, muitas vezes os investidores são influenciados a desfazer uma posição por outros fatores, as chamadas falsas razões para venda de uma ação.
Dentre estas, o guia do INI descreve que um papel não deve ser vendido apenas porque não houve modificação na cotação. Assim, ressalta-se que o foco deve ser voltado para os fundamentos, em uma visão de logo prazo. A paciência é um dos pré-requisitos do investimento bem sucedido. A seguir outras razões que não justifica a venda:
- Calma nas fortes oscilações
O INI acredita também que uma ação não deve ser vendida por causa de uma forte desvalorização de 10% ou 20%, por exemplo. Uma ação que vale a pena conservar pode registrar tais oscilações. O mesmo ocorre quando uma ação registra forte alta. A tentação de venda quando a ação dobra de valor é grande.No entanto, vale lembrar que alguns papéis registram valorização superior a 2.000% ao longo de 10 anos. Um exemplo fica com as ações da Petrobras, que subiram mais de 500% desde 2002, período bem mais curto do que o descrito.
- Cuidado com más notícias passageiras
Outra situação usualmente potencializada pelos investidores está relacionada ao surgimento de más notícias passageiras. Muitas vezes, determinados fatos podem ser negativos para o desempenho de uma companhia no curto prazo.Porém, é necessário verificar se determinado fato realmente é prejudicial ou se em pouco tempo a empresa retomará sua tendência de ascensão, assim como o preço de suas ações.
- Mudar por mudar não faz sentido
O manual do INI comenta também que muitos investidores realizam mudanças em suas carteiras apenas para ter a sensação de que está fazendo algo. Novamente: a paciência é vital no mercado de ações, mesmo quando os investimentos não estão fluindo no ritmo esperado.
Finalizando, não venda um determinado papel que tenha registrado uma forte queda se o potencial de valorização do mesmo for maior do que o risco remanescente de novas desvalorizações. Lembre-se ao decidir investir em ações, você estabeleceu uma estratégia de longo prazo, e isso requer calma e paciência. Boa sorte.