Fundos imobiliários voltam a cair e fecham sessão com baixa de 0,11%

Na sessão desta segunda-feira (7), o indicador já havia fechado com baixa de 0,23%

Wellington Carvalho

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O IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta terça-feira (8) em queda de 0,11%, aos 2.762 pontos. Ontem, o indicador já havia fechado com baixa de 0,23%. O destaque do dia ficou para o Vinci Instrumentos Financeiros (VIFI11), com eelvação de 2,15%. Mais destaques da sessão ao longo do Central de FIIs.

Responsável por uma das mais badaladas transações do segmento de fundos imobiliários, o Vinci Offices (VINO11) reforça a defesa pela compra da sede da Rede Globo, descarta ajuda à empresa e aposta no sucesso do negócio.

Érica Souza, corresponsável pela estratégia de escritórios da Vinci Partners, falou sobre o assunto nesta segunda-feira (7) em live com Marcos Baroni, analista-chefe de fundos imobiliários da Suno Research.

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No dia 17 de dezembro de 2021, o Vinci Offices informou ao mercado a aquisição de 100% da sede da rede Globo de São Paulo, localizada no bairro do Brooklin, na capital paulista. O valor da transação foi de R$ 522 milhões, o que equivale a um preço de R$ 13.369 por metro quadrado.

“Quando olhamos para o mercado, percebemos que compramos por um preço com bastante upside [potencial de crescimento] para o fundo no futuro”, afirma Érica.

O imóvel foi locado pelo prazo de 15 anos para a própria Globo por meio de um contrato atípico (com prazos mais longos do que o convencional e sem revisionais até o prazo final), com valor de locação inicial de R$ 84,67 por metro quadrado, corrigido anualmente pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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Pelo acordo, a Rede Globo também passou a contar com 19% das cotas do fundo, gerando dúvidas sobre uma eventual venda dos papéis no futuro, o que poderia pressionar o valor das cotas para baixo. Érica descarta a possibilidade.

“Eles não podem vender mais do que 20% do volume diário do fundo”, explica a gestora ao detalhar o contrato com a emissora. “Isso é uma maneira simples de fazer com que eles não tenham nenhum movimento que pressione o preço das cotas”, completa.

De acordo com Érica, o disposto previsto no contrato praticamente obriga a Globo a se manter com o fundo no médio e longo prazo.

Érica também nega que a operação tenha tido como objetivo salvar a Rede Globo de uma possível dificuldade financeira. Ao citar informações públicas, ela lembra que a emissora é altamente capitalizada, tem R$ 17 bilhões em ativos e R$ 7 bilhões de caixa líquido.

“Definitivamente, não foi uma compra para salvar a rede Globo”, conclui Érica na live com Baroni, que participa nesta terça-feira (8) do programa Liga de FIIs no Youtube do InfoMoney

Maiores altas desta terça-feira (8):

Ticker Nome Setor Variação (%)
VIFI11 Vinci Instrumentos Financeiros Títulos e Val. Mob. 2,15
MCCI11 Mauá Capital Títulos e Val. Mob. 1,18
FIGS11 General Shopping Shoppings 1,05
HGBS11 Hedge Brasil Shopping Shoppings 0,9
SDIL11 SDI Rio Bravo Logística 0,86

Maiores baixas desta terça-feira (8):

Ticker Nome Setor Variação (%)
XPPR11 XP Properties Outros -2,58
FEXC11 BTG Pactual Fundo de CRI Títulos e Val. Mob. -1,99
RBRL11 RBR Log Logística -1,94
VTLT11 Votorantim Logistica Logística -1,87
XPCI11 XP Credito Imobiliario Outros -1,79

Fonte: B3

Valora RE define preço de emissão de novas cotas e Riza Terrax exclui taxa de distribuição de nova oferta

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

Valora RE (VGIR11) define preço de emissão de novas cotas e pretende captar até R$ 250 milhões

Fundo Valora RE formaliza preço de emissão para a 5ª oferta de cotas, aprovada em consulta enviada aos cotistas em abril de 2021. Em fato relevante, divulgado nesta segunda-feira (7), a carteira reforçou as demais condições da oferta.

Segundo o comunicado, o preço unitário das novas cotas foi estipulado em R$ 97,90 e teve como base o valor patrimonial do papel no dia 31 de dezembro de 2021. A taxa de distribuição primária será de R$ 1,30. No fechamento da última sessão da Bolsa, a cota do Valora RE foi negociada a R$ 101,81, alta de 3,15%.

Inicialmente, a nova oferta do fundo pretende captar até R$ 250 milhões.

Os atuais cotistas terão direito de preferência e o fator de proporção, de acordo com o fato relevante, é de 56%. O prazo para manifestação de interesse na oferta ainda será divulgado. Não haverá exigência de investimento mínimo.

Focado no investimento em certificados de recebíveis imobiliários (CRI), o Valora RE tem hoje um patrimônio líquido de R$ 441 milhões e 27 mil cotistas.

Riza Terrax (RZTR11) exclui taxa de distribuição da terceira emissão de cotas

O fundo Riza Terrax anunciou mudanças na terceira emissão de cotas, divulgada no início de fevereiro, que pretende captar até R$ 300 milhões.

De acordo com o fato relevante original, o preço unitário de emissão havia sido definido em R$ 105,57, mais a taxa de distribuição primária, de R$ 4,19, totalizando R$ 105,76.

Nesta segunda-feira (7), o Riza decidiu excluir a taxa de distribuição, que agora será custeada pelo próprio fundo. Com a medida, o preço para subscrição ficará mesmo em R$ 105,57.

Na Bolsa, de acordo com o fechamento da sessão de ontem, o papel estava valendo R$ 102,27.

O Riza comunicou também que as demais condições da 3ª emissão de cotas do fundo foram mantidas.

Os atuais cotistas terão direito de preferência na proporção de 26%. Quem não tiver interesse na oferta, poderá negociar o direito, prevê o comunicado.

Dividendos de hoje

Confira os fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta terça-feira (8):

Ticker Fundo Rendimento
CACR11 Cartesia Recebíveis Imobiliários  R$                                              1,50
JPPA11 JPP Allocaton Mogno  R$                                              1,20
TGAR11 TG Ativo Real  R$                                              1,16
FVPQ11 Via Parque Shopping  R$                                              1,04
GGRC11 GGR Covepi Renda  R$                                              0,87
VTLT11 Votorantim Logística  R$                                              0,83
RBLG11 RB Capital Logístico  R$                                              0,80
AIEC11 Autonomy Edifícios Corporativos  R$                                              0,61
PATL11 Pátria Logística  R$                                              0,58
VSHO11 Votorantim Shopping  R$                                              0,57
QAGR11 Quasar  R$                                              0,39
PATC11 Pátria Edifícios Corporativos  R$                                              0,30
NVHO11 Novo Horizonte  R$                                              0,08
RBVO11 Rio Bravo Crédito Imobiliário II  R$                                              0,05

Fonte: InfoMoney

Giro imobiliário: metro quadrado mais caro de SP custa R$ 35 mil; Marcos Baroni é convidado do Liga de FIIs

Rua mais cara de SP tem metro quadrado acima dos R$ 35 mil; confira endereços mais caros da cidade

A rua Seridó, no Jardim Europa, tem o metro quadrado (m²) mais caro de São Paulo, com preço de pouco mais que R$ 35 mil, segundo levantamento da Loft, startup de compra de imóveis por meio da oferta de preços.

O estudo mostra as 20 ruas com o metro quadrado mais valorizado de São Paulo e considera apenas apartamentos que têm, na média geral, um perfil de tamanho de 147 metros quadrados.

Foram analisadas 13.478 transações de apartamentos na cidade, em 41 bairros feitas com ou sem a participação da Loft, entre 2018 e 2021, e os dados foram levantados com os cartórios da cidade.

Em segundo lugar em termos de valorização está a Praça Pereira Coutinho, na Vila Nova Conceição, com um custo de R$ 27,8 mil o metro quadrado.

Logo em seguida aparecem as ruas Frederic Chopin, no Jardim Europa, com um preço de R$ 26,7 mil e a rua Domingos Fernandes, na Vila Nova Conceição, onde o metro quadrado custa R$ 20,4 mil.

Professor Baroni analisa indústria dos fundos imobiliários no Liga de FIIs

O Liga de FIIs desta terça-feira (8) recebe um dos maiores especialistas em fundos imobiliários do País. O convidado desta edição é Marcos Baroni, analista-chefe de fundos imobiliários da Suno Research, que falará sobre os principais temas e dúvidas que movimentam a indústria de FIIs atualmente.

Dono de um canal com mais de 156 mil inscritos no Youtube, o professor Baroni, como é conhecido, discutirá temas como Selic em dois dígitos, tijolo versus papel, volatilidade em ano eleitoral e a polêmica sobre o Maxi Renda.

Produzido pelo InfoMoney, o Liga de FIIs tem apresentação de Maria Fernanda Violatti, analista da XP, Thiago Otuki, economista do Clube FII, e Wellington Carvalho, repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. O programa começa às 19h no canal do InfoMoney no Youtube.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.