“Não compre porque caiu 11%; vai desabar muito mais”, alerta analista sobre Petrobras

As ações da Petrobras (PETR4) caíram 11,17%, a R$ 18,60, nesta segunda-feira (29)

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – Se você está pensando em comprar ações da Petrobras para aproveitar a queda do último pregão deve pensar duas vezes. As ações preferenciais da petrolífera (PETR4) despencaram 11,17%, a R$ 18,60, na segunda-feira (29), devido às pesquisas eleitorais, que mostraram uma melhora significativa da presidente Dilma, indicando que ela pode vir a ganhar até no primeiro turno. No entanto, de acordo com o analista e CEO da AZ Futurainvest, Adriano Moreno, isso não indica uma oportunidade e há boas chances do papel continuar apresentando forte queda nos próximos dias.

Segundo o especialista, quem não tem o papel na carteira deve continuar longe, afinal, apesar da queda expressiva de hoje, é muito difícil ela melhorar agora. “Ela tem espaço para continuar caindo. O mínimo dela é R$ 12 e pode chegar a isso se a Dilma continuar subindo desta forma nas pesquisas durante a semana”, afirmou.  

Já quem comprou recentemente e não “estopou” (colocou ordem automática de venda) com a forte queda, deve repensar a estratégia e evitar agir no desespero. Para ele, tudo se resume a esta semana, afinal, segundo o analista, se a presidente Dilma não vencer no primeiro turno, na semana que vem a tendência é de alta, e os investidores que estiverem atentos devem se posicionar no papel. “O curto prazo de Petrobras está muito atrelado à eleição, então o posicionamento tem que estar correlacionado com as pesquisas. O mercado está demasiadamente exagerado em relação ao resultado das eleições”, disse. “Enquanto a eleição não for decidida a volatilidade será enorme. Se hoje foi assim, imagina na sexta-feira”, finalizou Moreno.