Mesmo com desempenho resiliente em 2020, Pimco entende que ouro segue barato

Gestora com cerca de US$ 1,9 trilhão em ativos aponta juros baixos e atração de novos investidores para embasar otimismo com metal precioso

Lucas Bombana

SÃO PAULO – Impulsionada pelas taxas de juros extraordinariamente baixas, pela elevada liquidez, pelos receios quanto a uma volta da inflação, bem como pelas dívidas crescentes dos governos, a cotação do ouro sobe cerca de 30% em 2020, comprovando a resiliência nos momentos de maior paúra dos mercados.

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E mesmo com o desempenho destacado do metal precioso, que ocorre após uma alta já expressiva de quase 20% em 2019, especialistas avaliam que os ganhos ainda não terminaram.

“Apesar da alta recente, acreditamos que o ouro segue com um valor atrativo, e podemos dizer até barato, no contexto de taxas de juros reais historicamente baixas”, escreveu o gestor de commodities da Pimco, Nicholas Johnson, em relatório.

O maior risco que poderia interromper a recente trajetória ascendente na cotação do ouro, aponta o especialista, seria um eventual aumento das taxas de juros nos Estados Unidos, que passariam então a disputar a atenção dos investidores com o metal.

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O cenário-base com o qual a Pimco trabalha, no entanto, prevê que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) não deve levar a taxa básica de juros para muito longe do patamar atual em que se encontra nos próximos anos.

Além disso, em um comportamento bastante comum de se observar nos ciclos de mercado, Johnson diz no relatório que o momento para o ouro deve se manter positivo pela chegada de novos investidores, atraídos pelo retorno atraente do passado recente.

Proteção dupla

Na Azimut Brasil Wealth Management, a disparada recente do preço também não é motivo suficiente para que o ouro seja descartado como uma importante alternativa de proteção no portfólio do investidor.

Diante da injeção sem precedentes de liquidez promovida pelos bancos centrais, que tende a gerar uma pressão inflacionária no médio prazo, e dos juros extremamente deprimidos, Alexandre Hishi, responsável pela gestão dos investimentos na Azimut, tem recomendado aos clientes uma alocação em ouro, de preferência com exposição também à variação do dólar.

Dessa forma, explica o especialista, o investidor se protege duplamente, contra o risco de alta da inflação nos próximos anos, via ouro, e contra o risco de desajuste fiscal do governo brasileiro, via dólar.

Para investir no metal precioso, em reais ou em dólar, o caminho é bem simples, diz o gestor da Azimut, citando, entre as principais alternativas, os fundos passivos que acompanham a variação da commodity, com tíquetes de entrada a partir de R$ 100,00.

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