Maior credor da exchange falida Mt. Gox não planeja vender Bitcoins devolvidos

Investidores se preocupam com a possível venda em massa de BTC reembolsado a clientes da empresa a partir de outubro

Bloomberg

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O maior credor da bolsa de criptomoedas Mt. Gox, que foi à falência em 2014, pretende manter, em vez de vender, o Bitcoin (BTC) que deve ser desembolsado a ele este ano.

O Mt Gox Investment Fund – que comprou créditos junto à falida plataforma de ativos digitais – não planeja vender as criptomoedas que devem ser devolvidas em outubro, de acordo com uma pessoa familiarizada com os planos do fundo, que pediu para não ser identificada porque as informações são privadas.

O fundo optou por um pagamento antecipado em setembro, em vez de esperar que todo o litígio sobre a bolsa fosse resolvido. O credor receberá 90% do que lhe é de direito em uma proporção de aproximadamente 70% em Bitcoin e 30% em dinheiro, disse a pessoa. Eles se recusaram a especificar a quantidade de Bitcoin que o fundo espera receber.

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Os credores da Mt. Gox têm até 6 de abril para decidir se escolhem o pagamento de outubro ou esperam mais para recuperar uma porcentagem maior de seus ativos. A plataforma com sede em Tóquio já foi a maior exchange de Bitcoin do mundo, mas perdeu alguns ativos de clientes e faliu em 2014.

O administrador da falência detinha um tesouro de 141.686 BTC, bem como Bitcoin Cash (BTC) e dinheiro, em setembro de 2019, de acordo com documentos juntos aos autos do processo. A preços atuais, esse Bitcoin vale cerca de US$ 3,1 bilhões.

Os investidores cripto há muito tempo se preocupam com as implicações decorrentes da venda em massa dessas criptomoedas, à medida que os clientes fossem ressarcidos.

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O Bitcoin este ano se recuperou parcialmente de uma forte queda em 2022, mas a retomada foi interrompida, deixando o maior ativo digital do mundo cerca de US$ 47 mil abaixo do recorde de quase US$ 69 mil estabelecido em 2021.

O administrador prorrogou o prazo para os credores registrarem seus dados na plataforma na quinta-feira (9), adiando de 10 de março para 6 de abril. Com a liberação judicial, os prazos de pagamento também foram alterados de 30 de setembro para 31 de outubro de 2023.

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