Leilão das últimas fazendas da Boi Gordo acontece em novembro

Fazenda 8, considerada "joia da coroa" da Boi Gordo, está entre as leiloadas

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Um novo leilão de terras pertencentes à Massa Falida Boi Gordo venderá no dia 9 de novembro suas últimas 13 fazendas. Localizadas em Comodoro, no Mato Grosso, as terras serão vendidas com deságios de 90% ou 70% dependendo da área, ou seja, com preços variando de 10% a 30% do valor de avaliação.

Para a equipe da gestora Lut Leilões, responsável pelo leilão, este será um sucesso de vendas, uma vez que além dos maiores deságios, a rapidez na imissão na posse e as melhorias na região desde as primeiras arrematações ocorridas em setembro têm animado os investidores. Segundo eles, o último leilão realizado, que arrematou 15 fazendas, arrecadou um pouco mais de R$ 160 milhões, com fazendas com mais de 80 lances e valores finais que superaram o valor de avaliação em 101% e 156%.

Os responsáveis pelo leilão explicam ainda, que os pedidos de imissão na posse das arrematações anteriores foram formalizados logo após as confirmações de pagamento e os arrematantes levaram cerca de 60 dias para ocupação.

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As fazendas desta edição têm áreas de 2.345,13ha a 9.428,63ha e incluem a “joia da coroa” da Boi Gordo, a “Fazenda 8” que possui 8.592,9718 hectares, dos quais 42% foram abertos e cultivados com soja e milho safrinha nos últimos anos. Esta área conta com barracão, armazém, galpão para máquinas, secadores e silo, sede, casa para funcionários, escritório e pista de pouso, e está sendo leiloada com 20% de desconto do valor de avaliação (R$ 49.591.524,77 ou R$ 5.777/hectare).

Pelo fato do leilão contar com uma forma híbrida, os interessados podem dar lances de forma online e presencial. Mais informações podem ser encontradas no site da gestora Lut Leilões.

Entenda o caso

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Criada em 1988, a empresa Fazenda Reunidas Boi Gordo iniciou em 1996 o processo de abertura de investimentos em animais, prometendo aos credores 42% de rendimento via certificados de investimentos, após 18 meses de aplicação. Foram mais de 30 mil pessoas que investiram neste esquema de pirâmide financeira, que pagava contratos vencidos com recursos de novos investidores. Em 2001, porém, a empresa pediu concordata, já que o dinheiro investido havia sido desviado para outros negócios do empresário e fundador da empresa, Paulo Roberto de Andrade. Com despesas e dívidas superiores à receita, a Boi Gordo faliu em 2004, levando os investidores a perderem aproximadamente R$ 3,9 bilhões.