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SÃO PAULO – A Itália voltou a vender papéis de dívida nesta quarta-feira (10), com juros e demanda maiores. Por outro lado, a Alemanha tmbém pôs a venda títulos públicos, porém, com recorde de juros baixos.
A maior economia da Europa vendeu € 3,10 bilhões em notas com maturação para cinco anos, com yield de 0,53%, ante juro de 0,61% da última venda, em 12 de setembro. O valor só é maior do que o da taxa paga no leilão em agosto, de 0,31%.
Já na Itália, foram vendidos € 11 bilhões para os prazos de 3 e 12 meses. Para os papéis de prazo mais curto, os juros embutidos foram de 0,765%, perante 0,700% da operação antecedente. No montante com duração de 12 meses, o governo italiano vendeu € 8 bilhões, com taxa média de 1,941%, contra 1,692% do pregão anterior.
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País | Rendimento | Variação | Spread vs. Bund* |
---|---|---|---|
Grécia | 18,37% | +0,34% | +16,87 |
Portugal | 8,17% | -2,29% | +6,67 |
Itália | 5,10% | -0,16% | +3,60 |
Espanha | 5,80% | -0,46% | +4,30 |
França | 2,21% | -1,43% | +0,71 |
Alemanha | 1,50% | +1,90% | – |
* Diferença calculada em pontos percentuais. Fonte: Bloomberg
Entenda: quanto maior, pior
Os títulos públicos são uma das maneiras que os governos possuem para se financiar, enquanto a variação diária dos rendimentos decorre das negociações no mercado secundário. O juro pago pelo governo e o valor do papel são definidos no momento da emissão dos títulos, mas este último sofre variação no mercado secundário.
Assim, quanto mais arriscado um investimento, maior será o prêmio demandado pelos investidores no mercado secundário. Portanto, o valor do título recua e, consequentemente, o rendimento no mercado secundário aumenta. Tal variação positiva é uma indicação de que caso o governo opte por emitir novos papéis o custo para se financiar deverá ser maior.