“Investir em conhecimento rende sempre os melhores juros”

De acordo com especialista, conhecer o funcionamento dos investimentos é pré-requisito para poder aplicar

Gabriella D'Andréa

Benjamin Franklin, por Joseph Siffred Duplessis, óleo sobre tela, 1785, Galeria Nacional de Retratos do Smithsonian
Benjamin Franklin, por Joseph Siffred Duplessis, óleo sobre tela, 1785, Galeria Nacional de Retratos do Smithsonian

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SÃO PAULO – A frase eternizada por Benjamin Franklin, “Investir em conhecimento rende sempre os melhores juros”, pode ser interpretada sob mais de uma forma. Mas a essência, no final das contas, é a mesma: aprimorar seus conhecimentos só traz pontos positivos para a vida de qualquer um, independentemente da área a ser estudada. A constatação também é válida para o mundo dos investimentos. Na opinião unânime de especialistas, aqueles que buscam se informar antes de aplicar seu dinheiro só têm a ganhar mais.

O economista e especialista em investimentos, Richard Rytenband, afirma que buscar mais informações sobre um investimento é um pré-requisito básico. “Como você pode aplicar sem conhecer as regras? Como vai jogar sem saber quem são os jogadores?”, indaga. “É através desse estudo prévio que o investidor vai conhecer as melhores ferramentas para determinar o risco-retorno. Depois de conhecida essa relação, basta separar o joio do trigo”, aponta.

A era da informação possibilita que os investidores saibam em tempo real o que está acontecendo na economia e nos mercados de todo o globo. Além disso, é possível acessar informação de qualidade facilmente, por meio de sites confiáveis, de preferência de instituições conhecidas e que sirvam como fonte “oficial” de notícias. “Em primeiro lugar, é preciso ter o conhecimento do funcionamento dos produtos financeiros e das funções macroeconômicas. O investidor só conseguirá aprender alguns movimentos produzidos no mercado de finanças através desse contexto econômico que os jornais, revistas e sites trazem”, afirma o professor do Ibmec, Gilberto Braga.

Começando a se informar
Uma maneira de começar a conhecer quais são as aplicações existentes e como elas funcionam é entrar nos sites de instituições como a Anbima (Associação das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), a BM&FBovespa e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários). As três possuem em seus sites seções específicas com informações didáticas, voltadas principalmente para os investidores que estão começando. Se o investidor preferir, também pode conversar com um especialista em investimentos e consultoria financeira, para auxiliá-lo na tomada de decisões. Bancos, corretoras e outras instituições financeiras costumam disponibilizar estes profissionais para seus clientes.

Outra alternativa recomendada por especialistas para adquirir mais conhecimento são os cursos oferecidos por escolas, entidades e instituições presentes no mercado. É possível escolher os que vão desde o nível básico, sendo que muitos são gratuitos, até o avançado, para aqueles que já têm familiaridade com o assunto. Outra boa notícia é que muitos cursos podem ser realizados on-line, facilitando a vida de quem não tem muito tempo para se deslocar.  Ler livros sobre o assunto, começando pelos básicos e, gradativamente migrar para os mais avançados, é outra opção para adquirir mais conhecimento e, consequentemente melhorar a sua relação com o próprio dinheiro.

E para complementar a teoria, nada melhor do que a prática. Antes de começar a investir seu dinheiro em ações, uma alternativa interessante é utilizar os simuladores (existem vários disponíveis no mercado, todos gratuitos). Assim, você conseguirá  treinar e entender como funciona a compra e venda de ações, e o dia a dia da bolsa de valores. O resultado disso tudo, na maioria das vezes, é um retorno melhor nos investimentos e uma vida financeira mais tranquila.