Investimento internacional é alternativa para montar carteira diversificada

Estratégia permite acessar setores distintos daqueles investidos no Brasil e desvincular desempenho atrelado a fatores nacionais

Equipe InfoMoney

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Diversificar é uma das regras de ouro dos investimentos – ainda mais quando o cenário político e econômico nacional se mostra turbulento e com níveis de incertezas. Mas muitas vezes os investidores compram produtos diferentes com características semelhantes, esquecendo-se de algumas alternativas para a diversificação. É o caso dos investimentos no exterior.

Os mercados internacionais sofrem influências de fatores muitas vezes distintos daqueles observados no Brasil, abrindo novas possibilidades para os investidores. Em entrevista ao InfoMoney, o estrategista-chefe do BlackRock para a América Latina e Países Ibéricos, Axel Christensen, lembra que investir no S&P 500 é uma importante fonte de diversificação por representar mais de 50% dos mercados acionários globais. “Essa estratégia também oferece acesso a setores como Tecnologia e Saúde, que têm uma representatividade muito pequena no mercado brasileiro”, complementa.

O S&P 500, principal índice acionário do mercado norte-americano, lista as 500 maiores empresas do país por valor de mercado, e serve de referência para trilhões de dólares em investimentos em todo o mundo. E o desempenho tem sido historicamente positivo. Nesse ano, o índice está marcando alta de 4,66%, segundo cotação até o dia 16 de setembro. Se observamos o período dos últimos cinco anos, o retorno anual tem sido de 11,96%.

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Muitas vezes os investidores acreditam que participar dos movimentos internacionais é difícil e com pouco acesso. Mas não é bem assim – é possível acompanhar os movimentos do cenário externo por meio de instituições financeiras brasileiras. Isso graças ao desenvolvimento de alguns produtos financeiros nos últimos anos.

Além dos já conhecidos fundos de investimentos, o investidor pode aplicar no exterior via produtos como COE (Certificado de Operações Estruturadas) e ETF (Exchange Traded Fund). O COE é uma estrutura que combina elementos de renda fixa e variável, e o ETF é um fundo de investimento negociado exatamente como se fosse uma ação – a compra se dá via home broker.

Todos eles permitem acessar o mercado internacional, mas uma das vantagens do ETF sobre os demais é a possibilidade de investir com valores baixos. Não é incomum encontrar fundos de investimentos em ações internacionais, por exemplo, com regras para valores mínimos de R$ 25 mil, enquanto um ETF pode ser comprado por menos de R$ 100. Também conta a favor desse produto a taxa de administração ser inferior à dos fundos tradicionais – é possível encontrar um ETF em S&P 500 com taxa de 0,27% ao ano.

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Christensen ainda recorda que as perspectivas de crescimento para as empresas e para a economia norte-americana se apresentam como um motivo a mais para investir no mercado norte-americano. “A recuperação do mercado de trabalho dos EUA – níveis de desemprego historicamente baixos e crescimento do salário – terá um impacto fundamental em diversas frentes. Essa retomada continuará a oferecer apoio ao consumo e deve enviar um sinal forte para as empresas fortalecerem o capex”, explica.