Fundos de índice perseguem dinheiro investido em bonds

Os gerentes americanos de fundos de índices administravam um recorde de 27 por cento do dinheiro investido em fundos mútuos de bonds tributáveis e em fundos negociados em bolsa (ETFs) em 29 de fevereiro DE 2016, contra 20 por cento no final de 2013

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Se você é um gerente de títulos, poderia chegar a pensar que os fundos de índice são uma dor de cabeça para os seus colegas selecionadores de ações.

Pense novamente. Os gerentes americanos de fundos de índices administravam um recorde de 27 por cento do dinheiro investido em fundos mútuos de bonds tributáveis e em fundos negociados em bolsa (ETFs) em 29 de fevereiro, contra 20 por cento no final de 2013, segundo a Morningstar. Embora a proporção seja menor do que a de cerca de 40 por cento de ativos dos fundos de ações mantidos em produtos passivos, a tendência e as razões — economia de custo e desempenho ruim dos gerentes ativos, em média — são similares.

Os bonds foram mais lentos que as ações para enfrentar a ameaça dos índices porque seus retornos normalmente são mais baixos e a diferença de desempenho entre os fundos muitas vezes é modesta. Mas com a queda das taxas de juros, até mesmo pequenas economias de custo podem ser significativas para os investidores que optam pelos fundos de índice. O crescimento dos produtos de ETF de renda fixa deu a esses mesmos investidores mais alternativas quando realizam a conversão.

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“Estamos em um ponto agora no qual todo gerente, seja em renda fixa ou ações, precisa justificar os honorários que está cobrando”, disse Jeffrey Stakel, sócio da Casey Quirk & Associates, consultoria que trabalha com gerentes de investimento. “Todos estão sob o microscópio”.

A mudança vem ganhando força. Em 2012, os fundos de bonds tributáveis ativos atraíram três vezes mais dinheiro que os passivos. Desde então, os selecionadores de bonds sofreram saídas de capital a cada ano, enquanto os fundos de índices vêm registrando entradas crescentes.

Diferença recorde

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A diferença em 2015 — um total líquido de US$ 70 bilhões deixou os fundos ativos, enquanto US$ 97 bilhões foram para os fundos passivos — foi a maior já registrada, segundo dados da Morningstar. A Pacific Investment Management Co. e a Franklin Resources registraram saídas de capital de seus fundos de bonds ativos. A Vanguard Group, pioneira dos índices, e a iShares, unidade da BlackRock que é a maior provedora de ETFs, adicionaram recursos.

O Total Return Fund da Pimco, de US$ 88 bilhões, cujas saídas foram pioradas pelo desligamento do gerente Bill Gross, em setembro de 2014, tem menos de um terço do tamanho de quando estava no auge. O Templeton Global Bond Fund da Franklin, de US$ 50 bilhões, administrado pelo famoso gerente Michael Hasenstab, perdeu mais de um quarto de seus ativos nos últimos 12 meses devido à queda no desempenho.

Os clientes estão desistindo dos fundos ativos em parte porque muitos não conseguem justificar seu custo mais elevado. A maioria dos fundos ativos de bonds tributáveis não conseguiu superar os índices de referência citados em seus prospectos em sete dos últimos 10 anos-calendário, mostram dados da Morningstar. No ano passado, apenas 25 por cento dos selecionadores de bonds tiveram desempenho melhor ao dos índices de referência.

Michael McKevitt, conselheiro em Palatine, Illinois, que indexa o dinheiro das ações de seus clientes desde 2009, começou no ano passado a fazer o mesmo com seu portfólio de bonds. Ele, que ajuda a administrar US$ 150 milhões, disse que não ficou “impressionado” com o desempenho dos fundos de bonds ativos que mantinha — ou pelo fato de os gerentes parecerem ter pouca ideia sobre a direção das taxas de juros.

“Nós pensamos que se podíamos economizar 50 pontos-base, seria uma jogada melhor para os nossos clientes”, disse ele.

(Com Bloomberg)