ETF de renda fixa já está pronto, só falta negociar com um gestor

Em parceria com a S&P Dow Jones Indices, bolsa oferece nova alternativa para o mercado de fundos de índices

Rodolfo Mondoni

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SÃO PAULO – A BM&FBovespa começou a trabalhar no ETF (Exchange Traded Funds) de renda fixa em 2014 e agora está na etapa final do processo: a negociação com gestores. “O ETF está pronto, se alguém vier à bolsa e pedir para listar o primeiro ETF, no outro dia eu posso negociá-lo”, afirmou André Demarco, diretor de engenharia de produtos e serviços da BM&FBovespa, durante 1º Encontro Anual sobre Índices e ETFs no Brasil, realizado em São Paulo, nesta quarta-feira.

Essa é mais uma etapa da parceria iniciada em maio deste ano entre a bolsa brasileira, e a S&P Dow Jones Indices, uma das maiores provedoras de índices do mercado financeiro do mundo. A parceria tem com objetivo a criação e lançamento de novos índices brasileiros de ações, sendo os primeiros deles os cinco índices que compõe o primeiro conjunto de índices smart-beta do país. Essa família de índice tem como propósito medir o desempenho das ações no mercado brasileiro com base na exposição que oferecem aos respectivos fatores de risco.

A estratégia agora é apostar no mercado de renda fixa, criando novos produtos que possam ser comercializados na bolsa, atraindo investidores locais e também internacionais. “Os investidores globais estão olhando para o Brasil. Eles estão famintos por melhores rendimentos e por isso a renda fixa é uma boa opção para eles”, disse James R. Rieger, diretor global de renda fixa da S&P Dow Jones Indices.

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Claro que o momento que o país vive agora não é o mais favorável para o mercado de ações, o que faz com que a demanda por esses índices continue baixa. Por enquanto a S&P pretende continuar apenas com os cinco índices smart-beta e lançar em janeiro o índice de renda fixa.

A ideia é criar novos índices para o mercado, de acordo com a demanda de seus participantes. “Estamos vendo algumas asset management e bancos olhando para esses índices para lançar novos produtos. Mas não queremos criar centenas de índices, que não serão usados”, afirmou Paulo Sampaio, diretor para a América Latina da S&P Dow Jones.

O Brasil possui 24 índices listado na bolsa e 14 ETFs que replicam o desempenho de alguns desses índices. Além disso, há ainda dois fundos de índices estrangeiros (S&P500), que já figuram entre os quatro quatro principais, considerando a métrica do patrimônio líquido. A bolsa estuda criar novos índices, o que gera a possibilidade de criar novos produtos derivados deles. O ETF de renda fixa é uma tentativa de utilizar um mercado já consolidado no país para atrair novos investidores. Esse ETF será negociado em bolsa assim como os outros, mas o processo de liquidação será um pouco diferente, seguindo o timing da renda fixa (D+1). 

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O Brasil possui 24 índices listados na bolsa e 14 ETFs que replicam o desempenho desses índices. Além disso há ainda dois fundos de índices estrangeiros (S&P500), que já figuram entre os quatro principais, considerando a métrica de patrimônio líquido. A bolsa estuda criar novos índices, o que gera a possibilidade da criação de novos produtos derivados deles. O ETF de renda fixa é uma tentativa de utilizar um mercado já consolidado no Brasil para atrair novos investidores. Esse ETF será negociado em mercado de bolsa, igual aos outros, mas o processo de liquidação será um pouco diferente, seguindo o timing de renda fixa (D+1).

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