Investimento imobiliário na Europa atrai brasileiros em busca do visto “mais fácil do mundo”

Investir 500 mil euros em Portugal pode abrir a possibilidade de uma cidadania que dá acesso a toda a Europa  

Paula Zogbi

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Segundo dados levantados pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, um a cada quatro imóveis vendidos no país em 2017 foi adquirido por estrangeiros. Dentre as nacionalidades, os brasileiros estão em terceiro lugar, atrás de chineses e franceses.

Pudera: o país oferece alguns dos tributos mais baixos da Europa e ainda possui um programa de isenção fiscal total por 10 anos para moradores novos – que passaram os últimos 5 anos morando em outros países – chamado incentivo fiscal ao imigrante.

Para o brasileiro especificamente, o idioma é apenas um dos fatores que aumentam o interesse por este visto. Especialistas consideram Portugal o país com visto “mais fácil do mundo” para investidores qualificados. Isso porque existe uma modalidade que exige apenas investimento, sem residência comprovada, parentesco com europeus ou outras exigências acessórias.  

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“Hoje Portugal é conhecido como um porto seguro”, conta Pedro Barreto, CEO da Ativore, que assessora investidores brasileiros em investimento imobiliário em Portugal e nos Estados Unidos. Ele conta que o visto de residência chamado Visa Gold é praticamente garantido ao estrangeiro que invista a partir de 500 mil euros em imóveis no país, seja para fins residenciais ou de retorno financeiro.

“Esse visto abre a porta para a Europa, e se você mantiver o investimento por 5 anos, pode pedir a nacionalidade portuguesa”, diz o especialista. “Claro que fazem uma checagem de antecedentes, mas nunca vi uma pessoa correta não conseguir esse visto”, explica. A única exigência extra é que o solicitante do visto vá até Portugal uma vez ao ano por, no mínimo, dez dias.

Rentabilidade

“O investidor, principalmente aquele que adquiriu nos últimos três anos, está vendo uma performance bastante boa” em termos de rentabilidade, de acordo com Pedro.

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Os dados comprovam: o preço médio do m² em Lisboa subiu quase 37% em 2017, maior alta da história. No país como um todo, o aumento médio foi de 25,09%, de acordo com dados oficiais levantados pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal e compilados pela advogada Paula Farias, também especializada no tema. 

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Entre os investimentos favoritos dos brasileiros em Portugal estão os de reabilitação: o investidor adquire, sozinho ou em parceria com outras pessoas, um imóvel deteriorado em um centro histórico. Com a ajuda de especialistas, os gestores do imóvel o reabilita para uso futuro, com reformas e modernização, e depois revende com lucro. “Juntam cinco pessoas, por exemplo, cada um oferece 500 mil euros, e realizam este trabalho”, explica Pedro.

Outros formatos são a compra morar, sem espera de retorno financeiro, ou para aluguel, principalmente por temporada. A oportunidade é a de aproveitar que Portugal se tornou um destino da “moda”. “Hoje você anda pelas cidades em Portugal e vê pessoas falando em várias línguas. Elas pensam em menos impostos, em qualidade de vida”, conclui Pedro.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney