Investimento em precatórios pode trazer retorno de 35% ao ano; entenda

Executivo recomenda precatórios federais alimentícios

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – A demora do governo em pagar suas dívidas com a população faz com que algumas pessoas cheguem a esperar por décadas para receber a quantia devida. No entanto, é possível ganhar com esse mercado, investindo em precatórios. Esse investimento consiste, basicamente, na compra de uma dívida de alguém que não pode esperar para receber o pagamento do precatório para lucrar com isso.

Pedro Corino, fundador da Sociedade São Paulo de Investimentos explica que esse pode ser um investimento muito lucrativo, se feito da maneira correta. Ele aponta que o investimento mais adequado é o em precatórios federais alimentícios.

O executivo explica que, além desses precatórios terem prioridade de pagamento, o governo têm realizado esses pagamentos na data prevista. “Para quem está começando, o interessante é procurar por precatórios federais alimentícios. Eles têm prioridade no pagamento, que pode ocorrer em um prazo de 18 a 30 meses. Estes precatórios apresentam um retorno médio de 35% ao ano, muito superior ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), por exemplo”, aponta.

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O investidor compra essa dívida com desconto da pessoa que precisa do dinheiro e, assim, lucra no momento no recebimento. O investimento mínimo nessa modalidade é de cerca de R$ 100 mil e, mesmo com o bom histórico do governo federal para esse tipo de precatório, é importante entender que esse segue sendo um investimento de alto risco. Já a compra de precatórios estaduais e municipais é mais arriscada ainda.

Cláudio Pontes, advogado do escritório Sandoval Filho, não recomenda que quem tem um precatório para ser recebido venda essa dívida. “A pessoa acaba sendo prejudicada ao vender sua dívida por um valor inferior. A minha orientação para meus clientes é de não fazer isso, uma vez que ele pode deixar de ganhar dinheiro”, afirma.