Tenho R$ 50 mil na poupança e posso aplicar mais R$ 1.500 por mês; onde invisto?

Henrique Pereira de Araújo, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF, responde a pergunta de leitor do InfoMoney

Equipe InfoMoney

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Pergunta:

Tenho uma quantia de R$ 50 mil na poupança e além desse valor consigo guardar R$ 1.500,00 mensais. Qual seria a melhor forma de aplicar este dinheiro?

Leitor: Gustavo

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Resposta de Henrique Pereira de Araújo, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF:

Gustavo,

Sua dúvida vem em um momento bem adequado, visto que a poupança passou por um período em que seus rendimentos eram muito próximos ao CDI, tornando-a uma alternativa simples, segura, além fácil de entender e acompanhar. Em outras palavras, a diferença de rendimento para outros investimentos com mesmo nível de riscos, não valia a pena. É certo, também, que a mudança de regras deixou a poupança pouco atrativa para novos aportes, mesmo em cenário de baixa na taxa básica.

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Para definir a melhor estratégia de investimento é muito importante termos mais dados sobre seu perfil e seus planos para o futuro. Idade, aptidão a riscos, horizonte de investimento, planos para o futuro (tanto em relação a aposentadoria quanto a aquisições e outros investimentos), necessidade de liquidez, filhos, planos pessoais e profissionais, dentre outras informações são ferramentas fundamentais para o planejador financeiro traçar uma estratégia adequada.

Falando um pouco sobre as opções em renda fixa e referenciados no DI, que podem possuir um perfil de risco mais parecido com a poupança, temos hoje no Brasil boas alternativas para seu volume de investimentos, dentre elas estão LCA e a LCI, além de opções em títulos federais e fundos com estratégia focada nesse tipo de papel (títulos públicos pós-fixados). Nesses últimos casos é necessário fazer as contas e descontar o imposto de renda que será pago no momento do resgate, para ver se estão pagando realmente mais. Uma rentabilidade bem adequada a esse nível e forma de investimento seria de 80% a 84% do CDI líquido. Caso consiga posicionar seu investimento nessa faixa de rendimento dentro dos produtos mencionados, provavelmente você estará investindo com risco menor ou igual à poupança, com rendimento mais satisfatório.

É importante que a cada mudança de cenário, taxa básica e até de seus planos, seja reavaliada sua posição de investimentos para buscar uma adequação ao cenário e às oportunidades que mais lhe atendam.

Henrique Pereira de Araújo é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser encaminhadas para onde_investir@infomoney.com.br

Prezado Hildebrand, 

Pouco a pouco é possível ver mudanças significativas no perfil de investimento dos brasileiros. Percebemos, por exemplo, o crescimento do numero de jovens que estão disponibilizando parte de sua renda para se planejar financeiramente para a sua aposentadoria. É um movimento que tende a crescer cada vez mais ao longo dos próximos anos, especialmente com a educação financeira em curso em nossa sociedade. 

 Sua iniciativa é digna de receber elogios e servir de exemplo a outros tantos… 

 Como seu planejamento para esse investimento tem um horizonte de 15 anos algumas observações importantes devem ser feitas. Em uma simulação com um investimento inicial de R$ 10.000 e aplicações regulares de R$ 500, com uma rentabilidade anual de 10%, atingiremos após 15 anos um capital de R$ 242.583, sem considerar a inflação no período. Com esse capital investido é possível viver com uma renda de aproximadamente R$ 2 mil/mês, complementando a sua aposentadoria. No entanto, a pergunta magica é como atingir essa rentabilidade para um baixo risco no investimento. 

 Com as informações presentes não é possível identificar qual o seu perfil de investidor, onde seria possível identificar o quanto de risco você esta propenso a aceitar em sua carteira de investimentos (para saber o seu perfil de investidor é aconselhável buscar sua instituição financeira e responder ao questionário “Suitability”). No entanto, podemos considerar que você segue o padrão brasileiro de conservadorismo em seus investimentos, bastante carregado de “renda fixa” , mas propenso a conhecer novos produtos para pequenos investimentos. 

 Sugiro, para você superar a rentabilidade apresentada na simulação, que divida seu patrimônio em 2 partes. 

 A primeira parte é separar R$ 5 mil inicial e 80% de suas aplicações regulares para um fundo de renda fixa com credito privado que supere consistentemente 100% do CDI. Muitos fundos conseguem superar esse benchmark, e possuem aplicações inicias bastante acessíveis. Prefira esse investimento as NTN-Bs e a sua aplicação em imóveis. 

 Para os outros R$ 5 mil iniciais, e 20 % de suas aplicações mensais (R$100,00), podemos ser um pouco mais arrojados, buscando atingir uma rentabilidade superior do que a renda fixa. Como sua disponibilidade atual é pequena para ser investida diretamente em ações (coma na sua atual carteira de ações de Vale e Itau), uma excelente alternativa são os fundos de ações. 

 Os fundos de ações são, para a grande maioria dos investidores, a melhor alternativa para seus investimentos em renda variável. Apresentam vantagens como liquidez, diversificação e uma gestão profissionalizadas dos seus investimentos. Com ele você estará bem atendido para atingir sua meta de longo prazo na aposentadoria. Procure gestoras com comprovada competência em sua equipe de analise, e fundos de ações que sejam considerados “Ibovespa ativo”, com a intenção de superar o bechmark. Prefira esses as ações propriamente ditas. 

 E lembre-se: o resultado do seu sucesso financeiro também depende de você! 

 *Fabiano Pessanha, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF