LCI ou Tesouro Direto: qual a melhor opção para aplicar R$ 30 mil?

Henrique Pereira de Araújo, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF, responde a pergunta de leitor do InfoMoney

Equipe InfoMoney

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Pergunta:

Tenho 28 anos e sou servidor público federal. Para um investimento de médio a longo prazo em torno de 4 a 5 anos, qual é melhor opção no quesito de rentabilidade para R$ 30.000,00 atualmente na poupança? LCI isenta de imposto de banco de grande porte ou Tesouro Direto? Alguma outra opção mais atrativa? Meu perfil é conservador.

Leitor: André

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Resposta de Henrique Pereira de Araújo, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF:

André,

A definição do objetivo é fundamental para a escolha do investimento, mesmo em um perfil conservador. É importante sabermos se o horizonte traçado representa de fato uma previsão de utilização do recurso ou se a finalidade é montar uma reserva de longo prazo. Relativo aos investimentos, principalmente se sua poupança for regida pelas novas regras, o mercado terá alternativas melhores.

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Caso o objetivo seja a montagem de uma reserva de longo prazo, aconselho buscar a alocação em ativos diversificados, respeitando seu perfil conservador, pois no longo prazo essa carteira como um todo deverá dar melhor rendimento do que um ativo específico que se escolha para investir. Tente fazer uma diversificação principalmente com ativos pós fixados, mas colocando alguma coisa de pré, índice de preços e uma pequena parcela em câmbio e ações. Para fazer isso com o volume em questão aconselho buscar bons fundos de investimentos, de olho na administração e composição da carteira, de modo a ter uma carteira mais diversificada e com ajuste constante da duração média dos papéis da carteira, o que, comprando ativos diretamente, você terá dificuldades com o volume de R$ 30 mil.

Para um horizonte limitado em 4 a 5 anos, mesmo que seja um prazo suficiente para estratégias diversificadas terem uma maturação, existe um componente de risco maior em alocação de ativos mais voláteis, como renda fixa pré, índice de preços (a não ser que tenham vencimento próximo à data limite), ações ou cambial. Nesse caso acredito que a melhor opção seja investir a maior parte em ativos como LCA e LCI de bancos de primeira linha, ou até a busca de alguns ativos pré e atrelados à índice de preços, porém ambos de curto prazo de modo que não apresentem grande volatilidade próximo à data de resgate. Busque montar uma carteira com rendimento líquido superior a 80% do CDI (algo em torno de 95% do CDI em fundos, ou outros investimentos com incidência de IR). Nesse caso seu resultado deverá seguramente ser melhor do que a poupança.

Henrique Pereira de Araújo é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser encaminhadas para onde_investir@infomoney.com.br

Prezado Hildebrand, 

Pouco a pouco é possível ver mudanças significativas no perfil de investimento dos brasileiros. Percebemos, por exemplo, o crescimento do numero de jovens que estão disponibilizando parte de sua renda para se planejar financeiramente para a sua aposentadoria. É um movimento que tende a crescer cada vez mais ao longo dos próximos anos, especialmente com a educação financeira em curso em nossa sociedade. 

 Sua iniciativa é digna de receber elogios e servir de exemplo a outros tantos… 

 Como seu planejamento para esse investimento tem um horizonte de 15 anos algumas observações importantes devem ser feitas. Em uma simulação com um investimento inicial de R$ 10.000 e aplicações regulares de R$ 500, com uma rentabilidade anual de 10%, atingiremos após 15 anos um capital de R$ 242.583, sem considerar a inflação no período. Com esse capital investido é possível viver com uma renda de aproximadamente R$ 2 mil/mês, complementando a sua aposentadoria. No entanto, a pergunta magica é como atingir essa rentabilidade para um baixo risco no investimento. 

 Com as informações presentes não é possível identificar qual o seu perfil de investidor, onde seria possível identificar o quanto de risco você esta propenso a aceitar em sua carteira de investimentos (para saber o seu perfil de investidor é aconselhável buscar sua instituição financeira e responder ao questionário “Suitability”). No entanto, podemos considerar que você segue o padrão brasileiro de conservadorismo em seus investimentos, bastante carregado de “renda fixa” , mas propenso a conhecer novos produtos para pequenos investimentos. 

 Sugiro, para você superar a rentabilidade apresentada na simulação, que divida seu patrimônio em 2 partes. 

 A primeira parte é separar R$ 5 mil inicial e 80% de suas aplicações regulares para um fundo de renda fixa com credito privado que supere consistentemente 100% do CDI. Muitos fundos conseguem superar esse benchmark, e possuem aplicações inicias bastante acessíveis. Prefira esse investimento as NTN-Bs e a sua aplicação em imóveis. 

 Para os outros R$ 5 mil iniciais, e 20 % de suas aplicações mensais (R$100,00), podemos ser um pouco mais arrojados, buscando atingir uma rentabilidade superior do que a renda fixa. Como sua disponibilidade atual é pequena para ser investida diretamente em ações (coma na sua atual carteira de ações de Vale e Itau), uma excelente alternativa são os fundos de ações. 

 Os fundos de ações são, para a grande maioria dos investidores, a melhor alternativa para seus investimentos em renda variável. Apresentam vantagens como liquidez, diversificação e uma gestão profissionalizadas dos seus investimentos. Com ele você estará bem atendido para atingir sua meta de longo prazo na aposentadoria. Procure gestoras com comprovada competência em sua equipe de analise, e fundos de ações que sejam considerados “Ibovespa ativo”, com a intenção de superar o bechmark. Prefira esses as ações propriamente ditas. 

 E lembre-se: o resultado do seu sucesso financeiro também depende de você! 

 *Fabiano Pessanha, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF