Tenho várias aplicações conservadoras; devo entrar no Tesouro Direto também?

Leitor investe em fundo DI, CDB, previdência e poupança e quer saber se o Tesouro Direto é uma boa opção

Equipe InfoMoney

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Pergunta:

Nos últimos 5 anos venho aplicando o meu bônus do trabalho em fundo DI, CDB, previdência PGBL e poupança. Não tenho nenhum plano específico para esse dinheiro que aplico, porém não gosto de investimentos arrojados. Gostaria de uma opinião de outros investimentos e se vale aplicar também em títulos do Tesouro.

Leitor: John Salos

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Resposta de Ricardo Gomes, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF:

Caro internauta,

Devo entender seu desinteresse em investimentos arrojados como uma aversão a riscos. Sendo assim, é importante saber que mesmo os produtos de Renda Fixa, normalmente indicados para investidores como você, possuem riscos e devemos entender quais são eles para escolhermos os produtos mais adequados.

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Há diversos produtos de renda fixa hoje disponíveis para todos os bolsos, como por exemplo: CDB, Poupança, LCA e LCI, emitidos por bancos, os 3 últimos isentos de IR; Debêntures emitidas por empresas de capital aberto, algumas também isentas de IR; títulos públicos negociados pelo Tesouro Direto e os fundos de investimento e previdência que investem seus recursos nestes ou em outros papéis.

Os papéis emitidos por bancos ou empresas são conhecidos como títulos privados e seu principal risco é o de crédito, ou seja, o risco do banco ou empresa não ter condições de honrar suas dívidas junto aos investidores. Para os bancos há a garantia do FGC até R$ 250.000,00 por conta/investidor.

Há também o risco de liquidez, que é o risco de não conseguir resgatar o valor aplicado pelo valor desejado a qualquer momento. Isto pode ocorrer ou porque a aplicação não permite (algumas impõem um período mínimo para resgate) ou porque não há interesse do emissor ou de outro investidores em (re)comprar seu papel.

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Para os papéis pré-fixados ou indexados pela inflação, como alguns privados e as LTN e NTN-B do Tesouro Direto, o principal risco é o de mercado. Os preços destes papéis podem variar muito, para cima ou para baixo, de acordo com as condições e percepções do mercado em relação as expectativas futuras de juros, inflação e outros fatores econômicos.

Além destes 3 importantes fatores de risco, há um quarto que normalmente é esquecido: a inflação ou o risco de destruição de valor. Se você quer aumentar seu patrimônio com preservação do poder de compra deste, você deve procurar investimentos com taxas de retorno real, acima da inflação. Logo, a poupança ou mesmo alguns papéis ou fundos referenciados ao CDI, porém com percentuais baixos de retorno, podem em alguns períodos e no longo prazo, reduzir o poder de compra do capital investido.

Logo, é muito importante que você estabeleça objetivos, determinando seus prazos e valores, para assim poder escolher os investimentos mais adequados para cada um deles. Pois dependendo destes parâmetros, em especial o tempo, você poderá calcular o quanto de risco cada investimento aceitará. Por exemplo, para a viagem de férias de julho a poupança talvez seja a opção mais adequada (liquidez e isenção de IR) ou até carregar um cartão em moeda estrangeira se a viagem for para o exterior. Já para a aposentadoria, onde o importante é preservar ou poder de compra, a NTN-B longa pode ser uma boa opção.

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E não se esqueça de comparar os custos (taxas de custódia, carregamento ou administração, movimentação de recursos, impostos…) na decisão.

Ricardo Gomes é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser encaminhadas para onde_investir@infomoney.com.br