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SÃO PAULO – A primeira regra para quem vai investir em ações – e que os mais experientes já devem estar cansados de escutar – é “não colocar todos os ovos em uma mesma cesta”, o que significa diversificar. Uma das alternativas para isso são os ETFs (Exchange Traded Funds), que têm chamado cada vez mais a atenção dos pequenos aplicadores da bolsa de valores.
Em março, a participação das pessoas físicas no volume total de ETFs negociados na BM&F Bovespa subiu para 16,2%, contra os 12,7% registrados em fevereiro. Apesar do crescimento, elas estão à frente apenas das empresas públicas e privadas, que responderam por 2,1% do volume negociado no terceiro mês do ano.
Um ETF é um fundo de investimento de índice, o que significa que ele busca obter o desempenho semelhante ao de um determinado índice, replicando sua carteira. Como o investimento é feito em diversas ações, que compõem o indicador a ser seguido, diminui-se o risco. As cotas do fundo são negociadas em bolsa de valores.
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Os investidores institucionais têm a maior parcela do volume negociado nestes fundos, com uma participação de 43,3% registrada em março, seguidos das instituições financeiras, com representatividade de 20,8%, e dos estrangeiros, com 17,5%, que aproveitam mais a modalidade do que o varejo.
Como funciona?
A bolsa oferece a modalidade desde o final de 2008. Cabe a ela fornecer a plataforma para a listagem, compra e venda do ativo, enquanto o gestor do fundo é o responsável por replicar a performance do índice de referência e o administrador, por emitir e resgatar as cotas da modalidade.
As corretoras, por sua vez, são autorizadas a emitir e resgatar lotes mínimos de ETFs, relacionando-se diretamente com o administrador. São elas que o investidor deve procurar, quando estiver interessado em investir na modalidade.
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Ainda existem os formadores de mercado, que são responsáveis por manter a liquidez, comprando e vendendo diariamente, obedecendo a critérios de quantidade e de spread. Os custodiantes asseguram a guarda dos ETFs e dos ativos que os compõem, além de operacionalizarem a emissão e o resgate das cotas.
Além da diversificação, uma outra vantagem apontada para os ETFs é que o investidor não precisa administrar todas as ações individualmente nem arcar com o custo para comprá-las e vendê-las de forma a manter a composição do índice de referência.