“Hoje, o INSS é o melhor investimento”, afirma especialista

Planejadora financeira afirma que o programa de aposentadoria do governo federal é uma "excelente estratégia"

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Muito tem se falado nos últimos tempos sobre a mudança nas regras do INSS. Agora, com a nova regra 85/95, que aumentará progressivamente até 90/100, o programa de aposentadoria do governo passou a ser uma opção ainda mais interessante, de acordo com a planejadora financeira e sócia da assessoria de investimentos Parmais, de Florianópolis, Annalisa Blando Dal Zotto.

“Para um profissional liberal ou autônomo, que possa contribuir com o teto (no INSS), essa é uma excelente estratégia. Hoje, o INSS é o melhor investimento para aposentadoria, caso o investidor saiba suas regras e como ganhar o máximo possível”, aponta a especialista. “Quem pode escolher contribuir com mais no INSS, essa nova regra é uma excelente oportunidade para ter uma boa renda estável no futuro. Para as mulheres, então, a situação está melhor ainda”, completa Annalisa.

Para quem deseja ter outras rendas na aposentadoria além da aposentadoria do governo, os títulos públicos, oferecidos por meio do programa Tesouro Direto, são uma boa escolha para acumular dinheiro, de acordo com a planejadora financeira. Os títulos Tesouro IPCA+, que são atrelados à inflação, são uma boa escolha para quem quer acumular para a aposentadoria.

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O Tesouro IPCA+, assim como todos os títulos do Tesouro Direto, é garantido pelo governo federal, que é, em tese, o melhor credor que existe no país. Além disso, o investimento mínimo no programa é de apenas R$ 30,00 e sua liquidez é diária. “Esses títulos (Tesouro IPCA+) estão pagando hoje uma taxa real de 6% ao ano, essa taxa é extraordinária e muito difícil de conseguir em qualquer outro lugar do mundo com tanta segurança, só aqui no Brasil que existe essa mordomia, o que acaba sendo uma verdadeira bênção”, relata Annalisa.

Já para receber renda na aposentadoria, a especialista sugere também os títulos Tesouro IPCA+, desde que sejam os que pagam cupons semestrais, garantindo assim um fluxo contínuo de receitas para o investidor. Outra hipótese é a de investimento em imóveis comerciais. “No caso de imóveis, como a vacância está muito alta no momento atual, só é recomendado caso a alocação da propriedade já esteja garantida”, aponta.

Em relação à previdência privada, Annalisa relata que nem sempre ela é uma boa opção. “A previdência é uma ferramenta legal para fazer um planejamento sucessório, deixar de herança para algum filho, por exemplo”, relata a sócia da Parmais. Mesmo assim, o conselho de Annalisa é que o investidor sempre pesquise bem antes de aplicar em algum plano de previdência, aplicando especialmente em fundos de seguradoras independentes, que costumam contar com taxas menores e rentabilidades mais interessantes: “isso faz toda diferença no longo prazo”, assinala. De acordo com a planejadora financeira, a previdência ainda é uma ferramenta interessante para os investidores que “não têm disciplina de jeito nenhum”.

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