Gestores de multimercados têm aposta unânime em alta de 1,5 ponto da Selic nesta quarta, para 9,25% ao ano

Pesquisa com 34 gestores de estratégia multimercado macro revela início de consenso entre posicionamento de gestores no mercado local

Mariana Zonta d'Ávila

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O Banco Central deve elevar a taxa Selic em 1,5 ponto percentual nesta quarta-feira (8), para 9,25% ao ano – o maior patamar desde 2017. A expectativa é unânime entre investidores, o que implicaria o sétimo aumento consecutivo da taxa básica de juros.

É o que mostra levantamento feito pela equipe de fundos da XP com 34 gestores de estratégia multimercado macro ao longo de segunda (6) e terça-feira (7).

A reunião de hoje do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, é a última de 2021 – e para os gestores, o ciclo de alta dos juros continua no próximo ano.

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Segundo a pesquisa, 55% dos gestores acreditam que o ciclo se encerará na reunião de março, enquanto outros 38% acreditam que o ciclo se estenderá até o segundo trimestre de 2022.

Já as expectativas para a taxa Selic ao final do ciclo variam de 10,25% a 13,00% ao ano.

Com o fim do ano virando a esquina, a pesquisa deste mês coletou as projeções das casas consultadas para variáveis econômicas, como Produto Interno Bruto (PIB), inflação e câmbio.

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O cenário apresentado traz expectativas de inflação de 5,20% para 2022 – ainda acima da meta de 3,25% para o ano – e um crescimento da economia de apenas 0,20%. Para o dólar, a estimativa mediana é de R$ 5,60 em dezembro de 2022.

Segundo o mais recente relatório Focus, do BC, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ter alta de 5,02% em 2022 e a economia deverá ter expansão de 0,51%. Para o câmbio, as estimativas apontam para o dólar negociado a R$ 5,55 em dezembro.

Alocação das carteiras

Diferentemente dos levantamentos anteriores, a pesquisa desta reunião do Copom mostrou que começa a surgir um consenso, no posicionamento dos fundos, para as direções de mercado.

No mercado de juros, por exemplo, cresceu, de 21% para 50%, a fatia de gestores que apostam na queda dos juros futuros. No câmbio, houve aumento na quantidade de gestores sem posições direcionais no dólar contra o real.

Já no mercado de ações, o número de gestores que apostam na alta da Bolsa brasileira aumentou e encontra-se agora em 45%.

Participaram do levantamento as gestoras: Absolute, Ace Capital, ARX, ASA Investments, Asset 1, AZ Quest, Bahia Asset, Blue Line, BTG Pactual, Canvas, Claritas, Gap Asset, Garde, Gauss Capital, Genoa Capital, Greenbay Investimentos, Grimper Capital, Ibiuna, Itaú Asset, JGP, Kairós, Macro Capital, Novus, Occam, Opportunity, Pacífico, Perservera, SulAmérica, Truxt, Ventor, Vinci Partners, Vinland, Vista Capital e XP Asset.

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