Fundos imobiliários fecham sexta sessão seguida no vermelho e encerram semana com queda de 0,79%

O Ifix – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta sexta-feira (11) com queda de 0,17%, aos 2.719 pontos. Foi o sexto pregão seguido de quedas do indicador, que acumula baixa de 0,79% na semana. O Pátria Logística (PATL11) liderou a lista de maiores altas da sessão, com elevação de 1,56%.

As cotas do FII Hospital Nossa Senhora de Lourdes (NSLU11) tiveram mais um dia de forte queda, após o fundo ter sido intimado a pagar R$ 27 milhões para a locatária – a Rede D’Or, que ocupa o Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo (SP). Os papéis fecharam a sessão negociados a R$ 145,00, queda de 7,34%. Na semana, o fundo acumula queda de quase 30%. Confira outros destaques do dia ao longo do Central de FIIs.

A negociação dos fundos imobiliários movimentou um total de R$ 4,4 bilhões em fevereiro, de acordo com boletim mensal da B3, divulgado nesta quinta-feira (10). O volume é o menor desde novembro de 2020, que na época totalizou R$ 4,3 bilhões.

Em 2021, o volume financeiro dos fundos imobiliários bateu recorde, alcançando R$ 66,5 bilhões no período. No acumulado de 2022, o montante está em R$ 9,5 bilhões.

O volume médio diário de negociação de fundos imobiliários em 2022 está em R$ 238 milhões. No ano passado, a média foi de R$ 269 milhões, o maior da história na comparação anual.

Entre janeiro e fevereiro, a indústria de fundos imobiliários ganhou 16.888 novos investidores. De acordo com o relatório da Bolsa, 1,593 milhão de pessoas físicas investem em FIIs atualmente.

Nos últimos dois meses, a participação dos CPFs na base de investidores de fundos imobiliários se manteve em 73,5%. Os investidores institucionais aparecem na sequência, com 19,8%. Em relação ao volume negociado, a participação das pessoas físicas subiu de 65,1%, em janeiro, para 67,6%.

Ainda de acordo com o boletim da B3, o valor de mercado dos fundos imobiliários em janeiro ficou em R$ 136 bilhões, pouco abaixo dos 138 bilhões de dezembro de 2021.

No acumulado do ano, as ofertas públicas dos FIIs captaram R$ 3 bilhões, mas o patrimônio líquido dos fundos imobiliários recuou na virada do ano, de R$ 176 bilhões, valor recorde, para R$ 168 bilhões em janeiro.

O boletim mensal da B3 também comparou o desempenho do Ifix com indicadores importantes do mercado de ações. Nos últimos 12 meses, encerrados em fevereiro, o Ifix registrou baixa de 5,0%, contra alta de 2,8% do Ibovespa. Em fevereiro, o índice dos fundos imobiliários caiu 1,3%, desempenho abaixo do Ibovespa, que subiu 0,9% no período.

Fonte: B3

Maiores altas desta sexta-feira (11):

Maiores baixas desta sexta-feira (11):

Fonte: B3

REC Renda Imobiliária (RECT11) aluga sala para a Prudential do Brasil em Brasília

O fundo REC Renda Imobiliária fechou contrato com a Prudential do Brasil Seguros de Vida para locação de uma sala comercial no centro empresarial Parque da Cidade, localizado em Brasília.

De acordo com comunicado ao mercado, a locação do espaço, de 360 metros quadrados, reduzirá a vacância do portfólio para 14,66%.

O vínculo com a Prudential do Brasil será de 60 meses e o fundo não divulgou valores da locação.

Em janeiro, o REC Renda Imobiliária já havia assinado contrato para a locação de uma sala no centro empresarial Parque da Cidade para o banco Santander.

Além do espaço em Brasília, o REC Renda Imobiliária tem outros dez imóveis, que somam uma área bruta locável (ABL) de 90 mil metros quadrados.

Dividendos de hoje

Confira quais são os cinco fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta sexta-feira (11):

Fonte: InfoMoney

Giro Imobiliário: inflação medida pelo IPCA sobe 1,01% em fevereiro, maior para o mês desde 2015

A inflação oficial no País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 1,01% em fevereiro de 2022 na comparação com janeiro, sendo essa a maior variação para um mês de fevereiro desde 2015 (1,22%), conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (11). O índice ficou 0,47 ponto percentual acima do registrado em janeiro (0,54%) e, no ano, acumula alta de 1,56%.  Na comparação anual, a alta foi de 10,54%.

A estimativa de analistas consultados pela Refinitiv era de que o IPCA tivesse subido 0,95% em fevereiro sobre janeiro e 10,50% contra um ano antes.

Em fevereiro, os principais impactos vieram da Educação (5,61%) e da Alimentação e Bebidas (1,28%).

“Em fevereiro, são incorporados no IPCA os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. Portanto esse foi o item que teve o maior impacto no mês, com peso de 0,31 ponto percentual. O outro grupo que pesou bastante no mês foi o de Alimentação e bebidas, que acelerou para 1,28% e contribuiu com 0,27 ponto percentual. Juntos, os dois grupos representaram cerca de 57% do IPCA de fevereiro”, ressalta o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.