Fundos imobiliários fecham dia com alta de 0,47%, a quinta sessão seguida de ganhos

Os fundos imobiliários mais recomendados para janeiro caem até 4% no mês

Wellington Carvalho

Publicidade

O IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a primeira sessão da semana em alta de 0,47%, aos 2.795 pontos. Foi o quinto pregão consecutivo de ganhos para o indicador, que ainda acumula perdas de 0,31% no mês.

A sessão desta segunda-feira (17) começou com novas projeções do mercado financeiro para a inflação, que voltaram a subir, de acordo com o boletim Focus do Banco Central (leia mais ao longo do Central de FIIs). Outro destaque é o desempenho dos fundos imobiliários mais recomendados para compra em janeiro, que está aquém da média do segmento.

Dos cinco ativos mais citados nas carteiras recomendadas para janeiro por dez corretoras, compiladas pelo InfoMoney, apenas dois operam no positivo. O fundo TRX Real (TRXF11) e o Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) sobem 0,81% e 0,63%, respectivamente.

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

Jaqueta XP NFL

Garanta em 3 passos a sua jaqueta e vista a emoção do futebol americano

O TRX atua na aquisição, desenvolvimento e venda de imóveis locados preferencialmente para grandes empresas e com contratos de longo prazo. Tem atualmente 38 mil cotistas e conta com 48 imóveis, que somam uma ABL de 425 mil metros quadrados.

Já o Kinea é um fundo que investe em ativos de renda fixa ligados ao setor imobiliário, especialmente os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), que representam 95% do patrimônio líquido atual, de R$ 3,9 bilhões.

O Bresco Logístico (BRCO11), o mais recomendado pelo quarto mês consecutivo, é o que apresenta maior queda em janeiro: -4,34%.

Continua depois da publicidade

Confira abaixo o desempenho dos cinco fundos:

Ticker  Fundo  Setor Número de recomendações Desempenho em janeiro* (%)
TRXF11 TRX Real Varejo/Logístico 5 0,81
KNCR11 Kinea Rendimentos Imobiliários Recebíveis 5 0,63
BTLG11 BTG Pactual Logística Logística 4 -1,34
HGRU11 CSHG Renda Urbana Varejo 5 -4,30
BRCO11 Bresco Logística Logística 8 -4,34

* A rentabilidade leva em consideração o período até dia 14 de janeiro de 2022 e o reinvestimento dos dividendos.

Fonte: Economatica e corretoras (Ativa Investimentos, BB Investimentos, BTG Pactual, Genial, Guide, Itaú BBA, Mirae Asset, Órama, Santander Corretora e Rico)

Na média, os cinco mais recomendados para janeiro caem 1,7% até agora no mês, resultado abaixo do desempenho do Ifix que registra queda de 0,78% no mesmo período.

Maiores altas desta segunda-feira (17):

Ticker Nome Setor Variação (%)
MGFF11 MOGNO Títulos e Val. Mob. 5,22
BCFF11 BTG Pactual Fundo de Fundos Títulos e Val. Mob. 3,67
RECT11 Rec Renda Imobiliaria Híbrido 2,79
BPFF11 Brasil Plural Absoluto Títulos e Val. Mob. 2,66
XPPR11 XP Properties Outros 2,25

Maiores baixas desta segunda-feira (17):

Ticker Nome Setor Variação (%)
AIEC11 Autonomy Edifícios Lajes Corporativas -3,28
BLMR11 Bluemacaw Renda+ FOF Títulos e Val. Mob. -1,77
VCJR11 Vectis Juros Real Títulos e Val. Mob. -1,7
BTCR11 BTG Pactual Credito Imobiliario Títulos e Val. Mob. -1,53
RZAK11 Riza Akin Títulos e Val. Mob. -1,25

Fonte: B3

REC Renda Imobiliária aluga sala para o Santander e mais um fundo renuncia à taxa de performance

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

REC Renda Imobiliária (RECT11) aluga sala para o Santander

O fundo REC Renda Imobiliária assinou contrato para a locação de uma sala no Centro Empresarial Parque da Cidade, localizado em Brasília.

De acordo com fato relevante divulgado na sexta-feira (14), o espaço de 180 metros quadrados será ocupado pelo banco Santander.

Com a nova locação, o fundo calcula que a taxa de vacância da carteira será reduzida para 16,4%.

Além do Centro Empresarial Parque da Cidade, o REC Renda Imobiliária tem outros dez imóveis, que somam uma área bruta locável (ABL) de 90 mil metros quadrados.

RBR Multiestratégia Real Estate abre mão de taxa de performance e eleva dividendo em R$ 0,75 por cota

Fundo RBR Multiestratégia Real Estate anunciou que renunciou voluntariamente ao recebimento da taxa de performance relativa ao segundo semestre de 2021.

A medida representa um acréscimo de R$ 332 mil na próxima distribuição de dividendos do fundo, o equivalente a R$ 0,75 por cota.

O RBR Multiestratégia avisa que a taxa de performance voltará a ser cobrada normalmente nos próximos semestres, como prevê o regulamento do fundo.

Na semana passada, o Mauá Hedge Fund (MCHF11) já havia anunciado a renúncia ao valor da taxa de performance apurada em dezembro.

A medida previa um acréscimo de R$ 816 mil na distribuição de dividendos do Mauá Capital Hedge Fund, equivalente a R$ 0,10 por cota.

Dividendos de hoje

Confira os fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta segunda-feira (17):

Ticker Fundo Rendimento
[ativo=MGIM11] Mogno RE  R$                                            12,97
BCRI11 Banestes Recebíveis Imobiliários  R$                                              1,35
CVBI11 VBI CRI  R$                                              1,12
RVBI11 VBI Reits Fof  R$                                              0,75
[ativo=BLCA11] Bluemacaw Catuaí  R$                                              0,53

Fonte: InfoMoney

Giro imobiliário: Pátria esclarece sobre oferta de aquisição de cotas do PATC11; projeção para inflação sobe

Mercado financeiro volta a elevar projeções para a inflação

Após inflação de 10,06% no Brasil em 2021, na maior taxa acumulada no ano desde 2015, o mercado financeiro estima agora alta de 5,09% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022, acima dos 5,03% projetados anteriormente.

O mesmo vale para o IPCA de 2023, cujas estimativas foram elevadas de 3,36% para 3,40%. É o que mostra o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) na manhã desta segunda-feira (17).

Em meio à forte pressão inflacionária, economistas veem a taxa básica de juros encerrando este ano em 11,75% ao ano e o próximo, a 8,00% ao ano, sem mudanças em relação à semana passada.

Leia mais:

“Investidor não é obrigado a vender cotas na oferta de aquisição do FII Pátria Edifícios (PATC11)”, diz Pátria Investimentos

Uma semana depois de fundos geridos pela Capitânia Investimentos anunciarem a aprovação de uma Oferta Pública de Aquisição de Cotas (OPAC) do Pátria Edifícios Corporativas ( PATC11), a gestora do FII – Pátria Investimentos – veio ao mercado negar participação na oferta e explicar a situação dos cotistas minoritários.

No dia 5 de janeiro, em fato relevante, o FII Pátria Edifícios confirmou que a B3 havia aprovado a OPAC, a pedido de fundos de investimento que detêm 44,52% das cotas do FII e são geridos pela Capitânia.

Pelo edital, a Capitânia pretende adquirir as cotas remanescentes do FII, por meio de um leilão, ao preço unitário de R$ 65. Após a OPAC, a gestora poderia decidir pela liquidação do FII Pátria Edifícios.

Em comunicado ao mercado na última sexta-feira (14), o Pátria Investimentos, gestora do FII Pátria Edifícios, se manifestou oficialmente pela primeira desde o anúncio da OPAC. No documento, a empresa se mostra contrária à oferta, nega participação no procedimento e garante que o cotista não tem obrigação de vender suas cotas.

O Pátria afirma que o preço estipulado para o leilão ficou abaixo do valor patrimonial, que estava em R$ 86,51 no dia 31 de dezembro de 2021. A diferença, nos cálculos do Pátria, representa um desconto de 25%.

Segundo a empresa, o cotista não tem obrigação de aderir à OPAC, ou seja, de vender as cotas no leilão. Segundo a gestora, o investidor que mantiver posição no fundo poderá seguir negociando normalmente os papéis na Bolsa.

Em curso gratuito, especialista apresenta passo a passo para viver de renda e receber aluguel sem precisar ter um imóvel. Inscreva-se aqui.

Newsletter

Liga de FIIs

Receba em primeira mão notícias exclusivas sobre fundos imobiliários

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.