Fundos imobiliários de “tijolo” ou de “papel”? Analista da XP dá dicas para não errar na escolha – seja qual for o tipo de FII

O tema foi destaque da edição desta terça-feira (4) do Liga de FIIs

Wellington Carvalho

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Os fundos imobiliários de “papel”, que investem em títulos de renda fixa, foram os mais rentáveis em 2021. Os fundos de “tijolo” são esperança de ganho de capital no futuro. Diante do cenário, qual a melhor escolha para 2022?

O assunto foi destaque da edição do Liga de FIIs desta terça-feira (4). Produzido pelo InfoMoney, o programa teve apresentação de Maria Fernanda Violatti, analista da XP, que deu dicas para não errar na escolha do fundo imobiliário, seja ele de “papel” ou de “tijolo”.

Fundos de “tijolo”

Na hora de escolher um fundo de segmentos como logístico, shoppings ou escritório, Maria Fernanda considera fundamental observar a qualidade construtiva dos imóveis que compõem o portfólio do FII. “No caso de lajes corporativas, por exemplo, opte por fundos que possuam imóveis triple A ou A +”, sugere. “Além disso, olhe sempre a localização do ativo. As melhores regiões tendem a apresentar o preço do metro quadrado acima da média da cidade e taxa menor de vacância”.

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Outra dica da analista é ter cuidado com fundos monoativos, aqueles que possuem apenas um imóvel na carteira. Em caso de saída do inquilino, a distribuição de dividendos do fundo pode ser consideravelmente afetada.

Além de ser uma boa prática escolher fundos multiativos, o investidor consegue reduzir ainda mais o risco ao escolher FIIs que possuam mais de um inquilino, os multilocatários. “Se uma empresa for a única ocupante do espaço e deixar o imóvel, o fundo também terá um impacto significativo na receita”, alerta Maria Fernanda.

Em relação aos fundos de “tijolo”, a analista sugere ainda atenção às características do contrato de locação. Vínculos com maior duração tendem a dar mais segurança sobre a geração de caixa no futuro.

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Fundos de “papel”

No caso dos fundos de “papel”, a primeira dica de Maria Fernanda é observar a qualidade do certificado de recebíveis imobiliários (CRI). Segundo ela, o investidor deve ficar atento aos devedores e às garantias caso a dívida não seja paga.

Para reduzir o risco de um fundo deste tipo, a analista lembra que a carteira de CRIs também deve ser diversificada, tanto em número de recebíveis, setores, emissores e até mesmo regiões.

Maria Fernanda recomenda ainda dar prioridade a fundos com recebíveis que tenham prazos de vencimento menores. Quanto mais distante o vencimento, maior o risco de inadimplência.

Outra dica para os fundos de “papel” é utilizar o indicador LTV (Loan-To-Value, na sigla em inglês). O índice mede a relação do empréstimo sobre o valor da garantia oferecida. Na prática, o indicador dimensiona quanto o valor emprestado representa no total da garantia. “Quanto menor o LTV, mais a garantia tem representatividade sobre o CRI”, explica a analista.

No episódio desta terça-feira (4) do Liga de FIIs, Maria Fernanda ainda oferece duas dicas bônus para o investidor. O Liga de FIIs vai ao ar toda terça-feira, às 19h, no canal do InfoMoney no Youtube. A última edição do programa você confere aqui. 

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.