Fundos imobiliários de shoppings respondem hoje pela melhor oportunidade do mercado, dizem gestores

Maior crescimento do aluguel no ano, contudo, deve partir dos segmentos de galpões logísticos e lajes corporativas, segundo pesquisa

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

SÃO PAULO – Apesar do forte impacto das medidas de isolamento social decorrentes da epidemia do coronavírus sobre os fundos imobiliários de shopping centers, 59% dos gestores acreditam que este é o segmento que oferece melhor oportunidade no momento, dada a forte correção dos preços nos últimos meses. É o que mostra uma pesquisa realizada pela XP entre os dias 13 e 19 de maio com 22 gestores de fundos imobiliários.

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O percentual está em linha com o apresentado na última edição da pesquisa, em abril. Na sequência, aparecem lajes corporativas, com 18% das menções, abaixo dos 25% no mês passado.

O maior crescimento do aluguel neste ano, contudo, deve partir do segmento de galpões logísticos, segundo 45% dos gestores, um aumento em relação às respostas do mês passado (15%). Outros 41% veem o segmento de lajes corporativas como o maior beneficiário da valorização dos aluguéis, ante 75% anteriormente.

“Em razão das incertezas do cenário macroeconômico, acreditamos que muitas renegociações de aluguel e novas locações em lajes corporativas podem ser postergadas até que haja maior clareza do cenário. Em contraposição, houve aumento da demanda por galpões logísticos bem localizados e de alta qualidade pelas empresas com serviços em funcionamento como as companhias de e-commerce e supermercados”, escreve Renan Manda, analista de fundos imobiliários da XP, em relatório.

Para a maioria dos gestores consultados (64%), os fundos imobiliários estão baratos, embora o percentual tenha caído em relação a abril (85%). Além disso, 27% afirmam que os preços estão justos e 9% que estão caros, ante 5% e 10% na última pesquisa, respectivamente.

Home office x escritórios

Em meio ao avanço do número de casos de coronavírus, empresas têm adotado e até expandido o prazo de home office de seus funcionários, o que levanta dúvidas sobre o futuro dos fundos de edifícios comerciais.

Para Manda, há uma dicotomia: enquanto o aumento do trabalho remoto levaria a uma necessidade menor de espaços físicos, a adoção de medidas preventivas de segurança e saúde do funcionário implicaria maior demanda de área, com maiores distâncias entre mesas de trabalho e funcionários, por exemplo.

De acordo com o levantamento da XP, 50% dos gestores acreditam que esses dois efeitos devem se balancear e não implicar grandes mudanças na demanda, que deve se concentrar mais em São Paulo, nas regiões da Vila Olímpia e da Avenida Paulista.

Do total de participantes, 14% afirmam que o cenário possui pouca visibilidade, enquanto 9% esperam menor demanda por espaço físico e 5% veem um aumento da procura, por conta das medidas preventivas de segurança ao colaborador.

Perspectivas para o Ifix em 2020

Após forte queda dos preços das cotas de fundos imobiliários no primeiro trimestre, gestores de FIIs seguem cautelosos com o desempenho do mercado, mas ligeiramente mais otimistas do que em abril.

Segundo o levantamento da XP, 41% esperam que o Ifix encerre o ano com desempenho entre queda de 10% e estabilidade, em linha com as respostas do mês passado. Por outro lado, 32% dos gestores esperam uma alta de até 10% dos fundos imobiliários em 2020, frente a 20% dos gestores em abril.

Após desvalorização de 15,9% em março, o Ifix apresentou ganho de 4,4% em abril, mas, no ano, até 19 de maio, apresenta queda de 19,7%.

Entre os maiores riscos no horizonte, 81% citam desaceleração econômica e 10%, instabilidade política. Na última edição da pesquisa, em abril, 75% viam a desaceleração econômica como a principal preocupação, 48%, uma mudança na tributação, e 30%, um aumento nas taxas de juros.

Segmentos mais defensíveis

Além de serem considerados mais defensíveis em meio à crise, segundo 77% dos gestores, os fundos de galpões logísticos, juntamente com os de recebíveis imobiliários, devem se recuperar mais rapidamente após pandemia, na avaliação de 32% dos entrevistados. No último levantamento, 35% apostavam nos fundos de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e apenas 10%, nos de galpões.

Lajes corporativas, que receberam 25% dos votos em abril, ficaram apenas com 14% na edição de maio.

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