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SÃO PAULO – A renda fixa traz uma série de opções para aqueles investidores conservadores, que não querem correr riscos de perder nenhuma parte do valor aplicado ou para os que querem diversificar suas aplicações com ativos menos arriscados.
Entre as opções, os investidores podem aplicar em fundos de investimentos ou então diretamente nos próprios títulos públicos, comprando por meio do programa Tesouro Direto. Mas quais as principais diferenças entre investir em renda fixa diretamente, pelo Tesouro Direto, ou adquirindo cotas de fundos de investimentos?
Gestão profissional
De acordo com especialistas, uma das principais vantagens dos fundos de investimentos é a gestão profissional que eles possuem. “Quando você opta por um fundo, seu dinheiro fica nas mãos de um especialista, que sabe o melhor momento de investir em títulos pré-fixados, pós-fixados ou outros ativos”, afirma o professor do Ibmec, Alexandre Espírito Santo.
Entretanto, é preciso lembrar que os fundos cobram por esta gestão profissional. “Ao investir em fundos, você precisa se atentar para as taxas de administração que são cobradas”, ressalta Espírito Santo.
Outro ponto interessante de investir em fundos de renda fixa é o acesso a produtos de investimentos mais sofisticados por parte dos gestores. “Se você investir sozinho, muitas vezes tem pouco valor disponível e não consegue taxas de retorno tão expressivas. O gestor administra um montante enorme, de vários cotistas, então, ele consegue investir em uma carteira mais parruda, com debêntures (títulos de dívidas de empresas privadas), por exemplo, com taxas de retorno mais atrativas”, afirma o professor do Proced/FIA (Fundação Instituto de Administração), José Carlos Luxo.
A liquidez da aplicação também pesa a favor dos fundos de investimentos. “Se quiser vender um título público, o investidor precisa esperar a quarta-feira, data em que o Governo recompra os títulos que estão no mercado. Com o fundo, é possível solicitar o resgate a qualquer momento”, afirma o professor.
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É importante se atentar, entretanto, ao prazo para o resgate, que varia de acordo com cada fundo e gestora.
Custo baixo
De acordo com os professores, investir em diretamente em títulos públicos também é uma boa opção, principalmente por conta do baixo custo. “Você encontra algumas instituições que não cobram nada de taxa de administração ou taxas muito baixas, de 0,25% ou de 0,5% ao ano”, ressalta Luxo.
Além disso, as facilidades de comprar o título diretamente pela internet e poder gerenciar a própria carteira também podem ser vistas como um ponto positivo da aplicação no Tesouro Direto, desde que o investidor tenha interesse em entender um pouco mais sobre o assunto e tempo para acompanhar a aplicação.
“Se você tem tempo e gosta desse tipo de coisa, o Tesouro é a melhor alternativa”, conclui Espírito Santo.