Fundos de renda fixa captam R$ 21,3 bilhões em setembro e revertem resgates no ano

Segundo a Anbima, captação líquida da classe no ano chega a R$ 18 bi; na indústria de fundos como um todo, aportes superam os resgates em R$ 196 bi

Mariana Zonta d'Ávila

(Getty Images)

SÃO PAULO – Com captação líquida de R$ 21,3 bilhões em setembro, os fundos de renda fixa foram novamente o destaque da indústria no mês e, com o desempenho, passaram a registrar saldo positivo no acumulado de 2020.

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A classe soma agora entrada líquida (aportes menos resgates) da ordem de R$ 18 bilhões neste ano, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Ao todo, a indústria de fundos de investimento encerrou setembro com captação líquida de R$ 36,5 bilhões. No ano, o montante também é positivo, em R$ 196,4 bilhões.

Contribuíram ainda para o resultado do mês passado os fundos multimercados, com aportes maiores que os resgates em R$ 5,2 bilhões, seguidos pelas carteiras de ações, com captação líquida de R$ 4,4 bilhões.

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No ano, ambas as classes seguem com desempenhos positivos, com ingressos de recursos maiores que as retiradas em R$ 81,1 bilhões (nos multimercados) e R$ 66,5 bilhões, nos fundos de ações.

Nas demais categorias, os fundos de previdência tiveram aportes líquidos de R$ 1,6 bilhão, em setembro, e os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) tiveram entrada de R$ 2,9 bilhões. Os fundos de investimentos em participações (FIPs) também captaram R$ 976,9 milhões. Do lado negativo, os fundos cambiais tiveram resgates líquidos de R$ 29,3 milhões.

Rentabilidade

Impulsionados pela valorização de 2,5% do dólar em setembro, os fundos cambiais se destacaram pelos ganhos médios de 2,7% no período.

Entre os multimercados, apenas os fundos das subcategorias Anbima “Multimercado Investimento no Exterior” e “Multimercado Juros e Moeda” tiveram ganhos em setembro, de 0,16% e 0,06%, respectivamente.

Já na classe de renda fixa, apenas quatro das 16 subcategorias ganharam do CDI, cuja variação foi de 0,16% no último mês. Foi o caso dos produtos “Renda Fixa Dívida Externa”, com ganhos de 2,8%.

Vale lembrar que as preocupações em torno do risco fiscal no Brasil fizeram com que os investidores passassem a cobrar um prêmio maior para comprar os títulos emitidos pelo governo, o que levou a uma queda nos preços dos papéis. Em setembro, as perdas dos títulos públicos chegaram a 12,4%, caso do Tesouro IPCA+ com vencimento em 2045.

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