Rogério Xavier, da SPX, e sua história “surreal” no mercado financeiro

O gestor falou também de seu plano ousado de expansão  

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Numa das pouquíssimas vezes em que falou sobre sua trajetória e seus negócios, Rogério Xavier, um dos principais gestores de fundos do país, fundador da SPX, contou como decidiu seguir carreira no mercado financeiro – e o que planeja para sua gestora nos próximos anos.

Começando pelo plano “ousado” para a SPX, como ele definiu: a ambição é torná-la a maior gestora de recursos do mundo. Com escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro, Washington e Londres (lar do gestor), a casa tem uma equipe de cerca de 40 pessoas fora do Brasil.

Mas sem correria. “Nunca achei que chegaria a Londres e me tornaria um expert no mundo”, afirmou. “Nosso estilo é ter cuidado com o amanhã, mas foco no longo prazo.”

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Xavier deu essas declarações em uma conversa com Guilherme Benchimol, CEO do grupo XP, na Expert, um dos maiores eventos de investimentos do mundo, que acontece em São Paulo.

O gestor contou ainda que resolver que trabalharia no mercado financeiro aos 16 anos, depois de ler uma reportagem na revista Playboy.

Na época, em 1983, a Playboy Brasil publicava reportagens especiais, e a que ele leu contava a história de um trader de ações na Ásia. Xavier resolveu que “queria ser aquele cara”.

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Desistiu do plano de se tornar farmacêutico ou engenheiro químico e prestou vestibular para administração na PUC – ele queria cursar economia, mas não havia esse curso noturno, e ele precisava trabalhar.

Assim que passou no vestibular, deixou seu CV na porta do Banco Garantia – apenas com nome e telefone, já que não tinha qualquer qualificação para listar. Um dos sócios do banco gostou do estilo e disse que se ele ainda estivesse interessado dali um ano o contrataria.

Dito e feito. Xavier chegou a fazer um estágio na Caixa Econômica Federal durante esse ano, mas logo em seguida começou no Garantia, como office-boy.

Dali para frente seu caminho foi mais tradicional. Xavier ficou alguns anos no Garantia, depois foi ao BBM e então fundou, com os sócios Bruno Pandolfi e Daniel Schneider, a SPX Capital.

SPX, aliás, significa simplesmente Schneider, Pandolfi e Xavier, conforme seguiu contando na conversa. “Primeiro pensamos em PSX, mas parecia ‘Playstation Extreme’”, brincou. “Colocamos SPX, que é o ticker do índice S&P e remete ao mercado financeiro, e pensamos, ‘qualquer coisa a gente muda depois’”. Nunca mudaram – e nem pretendem mais.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney