Verde aumenta posição em ações brasileiras e vê excesso de pessimismo com crescimento econômico

Fundo fechou maio com ganho de 1,28%, acima da variação de 0,54% do CDI. No ano, Verde acumula alta de 6,54%, enquanto seu referencial tem variação de 2,59%

Beatriz Cutait

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SÃO PAULO – Depois de ter reduzido a posição em ações brasileiras “de maneira tática” e mantido pequena posição comprada em bolsa americana no mês passado, Luis Stuhlberger, gestor do renomado fundo Verde, mudou a mão agora em junho.

Em relatório divulgado nesta sexta-feira, a gestora informou que aproveitou a volatilidade da primeira metade de maio para voltar a aumentar sua posição em ações brasileiras, e disse ainda ter reduzido substancialmente a posição em bolsa americana.

“O Brasil, em meio a esse cenário mais negativo, viu uma melhora de humor, inclusive com o Ibovespa quebrando uma longa série negativa de meses de maio. A probabilidade de aprovação de uma reforma da Previdência robusta tem aumentado, o que tranquiliza os mercados, reportou o Verde. “Ainda vemos excesso de pessimismo com crescimento econômico, e isso nos mantém confortáveis com posições de ações, apesar da alta recente. Obviamente o país não está imune à incerteza global, mas dada a volatilidade dos últimos meses e o posicionamento menor dos investidores, a dinâmica local ainda deve ser dominante.” 

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Na parte de juros, o fundo assinalou que a posição em aplicada em juro real no meio da curva segue estável, assim como a posição tomada em inclinação de juros nos EUA. A posição em libra esterlina foi aumentada, dada o impacto da volatilidade política sobre os preços.

O Verde fechou maio com ganho de 1,28%, acima da variação de 0,54% do CDI. No ano, o fundo acumula alta de 6,54%, enquanto seu referencial tem variação de 2,59%.

Em meio à queda das taxas, contribuíram para o resultado do mês passado as posições de juro real. A exposição a ações também ajudou o desempenho do fundo, enquanto o cenário externo teve efeito contrário, com perdas na posição tomada em inclinação de juros nos Estados Unidos e na posição de libra esterlina contra euro.

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Cena externa

Para a gestora, a incerteza sobre o crescimento global é hoje a variável mais difícil na formação de preço dos ativos. Foram citados no relatório o recrudescimento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, a ameaça de tarifas ao México e a desaceleração do crescimento industrial no mundo. Os eventos, diz a Verde, levaram os mercados de juros, especialmente nos EUA, a precificar uma série de cortes, com correções importantes de ativos de risco.

“Não vemos sinais no curto prazo de melhora, e tememos que os cortes de juros não sejam suficientes para amortecer o choque tarifário. Isso nos leva a manter exposição a ativos de risco globais reduzida.”

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Beatriz Cutait

Editora de investimentos do InfoMoney e planejadora financeira com certificação CFP, responsável pela cobertura do universo de investimentos financeiros, com foco em pessoa física.