Os melhores investimentos para começar a explorar renda variável em 2018

Queda da Selic cria ambiente menos favorável a certos investimentos em renda fixa

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Com o tombo da Selic de 13% para 7% em 2017, parte dos investimentos em renda fixa perdem rentabilidade e deixam de ser atraentes para o brasileiro. Isso pode ser o empurrão que faltava para quem quer iniciar movimentações em renda variável para parte de seu portfólio.

Mas, para o sócio-fundador da Alta Vista Investimentos, André Albo, essa é uma movimentação delicada e exige cautela. Segundo ele, o ideal para quem está colocando não é partir diretamente para as ações, mas escolher a exposição parcial e gradual a investimentos “mais defensivos”.

Para ele, o investidor ainda relativamente conservador que quer partir para a renda variável deve cogitar fundos de investimentos – aqueles que reúnem recursos de conjuntos de investidores para investir em títulos, valores mobiliários e cotas e possuem gestão especializada por trás.

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Ele sugere esse formato porque se forma uma carteira mais diversificada com a possibilidade de alocar valores relativamente baixos a priori – “cinco, dez mil reais para começar”, diz. Além disso, e principalmente, vê vantagem no fato de sempre haver um gestor por trás de fundos, observando as movimentações 24 horas por dia.

Dentro dos fundos, os favoritos de Albo para esse perfil são os fundos de dividendos. “Estes podem fazer sentido porque são mais defensivos”, explica o especialista. Fundos de dividendos são aqueles que centralizam a composição da carteira em ações de empresas com boas perspectivas de pagamento de proventos.

No campo intermediário entre os fundos de dividendo e as ações, ele recomenda os fundos multimercado. A opção que mescla aplicações de mercados diversos – como câmbio, juros, ações, entre outros – é “uma face muito ampla que seria o meio do caminho”, analisa.

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No caso desses fundos, é importante analisar a volatilidade e o histórico do gestor. Mesmo que retornos passados não sejam garantia de rentabilidade futura, um fundo com histórico de ganhos consistentes ao longo de vários anos tem mais chance de ser mais bem-sucedido nos anos seguintes.

Está mesmo na hora?

Embora haja investimentos que saíram prejudicados com a queda na Selic, a renda fixa como um todo não perdeu sua atratividade. Albo relembra que existem ativos na renda fixa que “fogem dessa regra”.

Um exemplo são as debêntures incentivadas, com formato de remuneração IPCA + X%. Embora não possuam garantia do FGC, elas recebem notas de risco – que podem ajudar no momento da seleção.

Outra sugestão do especialista são os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CRAs (Certificados de Recebíveis Agrícolas), lastreados em créditos imobiliários e agrícolas e que possuem a vantagem fiscal da isenção de Imposto de Renda. “Não precisa ir para a renda variável se não estiver confortável com isso”, resume o especialista.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney