Juros em queda favorecem aplicações em fundos que já captaram R$ 92 bilhões

O destaque ficou para os fundos multimercados e de renda rixa que captaram respectivamente R$ 91,7 bilhões e R$ 67,7 bilhões

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – A indústria de fundos brasileira atingiu de R$ 4 trilhões de patrimônio líquido e captação líquida recorde – desde o início da série histórica em 2002 – de R$ 231,9 bilhões até novembro. O destaque ficou para os fundos multimercados e de renda rixa que captaram respectivamente R$ 91,7 bilhões e R$ 67,7 bilhões.

A expressiva queda dos juros ocorrida ao longo do ano favoreceu as aplicações, sobretudo nos multimercados, e permitiu a diversificação na alocação de recursos, explica a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Eventos como a captação líquida positiva dos fundos de ações (R$ 10,1 bilhões até novembro), situação que não ocorria desde 2013, ilustra esse movimento. Os fundos multimercado macro e de renda fixa duração baixa grau de investimento apresentaram o melhor desempenho da indústria, com captações de R$ 30,9 milhões e R$ 25.9 bilhões, nesta ordem.

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Entretanto, o resultado de novembro não foi em linha com a tendência positiva observada ao longo do ano. A captação líquida foi negativa na ordem de R$ 20 bilhões, o que em certa medida, ratifica os movimentos sazonais de saída de recursos esperadas no segundo semestre.

Os fundos renda fixa duração livre grau de investimento e multimercados livre registraram captações líquidas negativas de R$ 5,6 bilhões e R$ 5,1 bilhões.

Rentabilidade

Ainda em novembro, em termos de rentabilidade, foi observada uma queda em boa parte dos tipos de fundos de renda fixa e multimercados. Essa redução decorreu da performance negativa dos títulos de médio e longo prazo no período, o que fez o IMA-Geral, índice que reflete a carteira de títulos públicos marcada a mercado, registrar taxa de 0% no mês.

O resultado mensal não compromete a trajetória positiva no ano. Entre os tipos mais representativos, destacam-se o fundo de renda fixa indexados (11,34%) e o multimercados macro (12,59%). Entre os fundos de ações, os resultados são mais expressivos, sobretudo os tipos ações valor/crescimento, ações índice ativo e ações livre que variaram no ano, 23,84%, 21,91% e 21,81%, respectivamente. 

A participação do varejo e varejo alta renda representou 63% das captações dos fundos de renda fixa no ano, indicando a expressiva alocação de recursos das pessoas físicas nesta classe.

Entre os multimercados, o segmento private correspondeu à 53% da captação, porém, a parcela correspondente ao varejo e varejo alta renda (11%) indica uma maior disposição ao risco em um contexto em que a taxa Selic atinge o seu patamar mínimo histórico e que a busca pelo retorno vai exigir dos investidores uma diversificação no perfil das carteiras.