4 critérios utilizados por Warren Buffett em seus investimentos

O maior investidor da atualidade está de volta. Dessa vez, mostrando que nem sempre comprar grandes porções de empresas é o mais vantajoso

Mariana Zonta d'Ávila

Warren Buffett

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SÃO PAULO – Por se tratar do investidor mais famoso e bem-sucedido, muitos acreditam que os critérios utilizados por Warren Buffett são um segredo, mas na verdade, toda metodologia utilizada é compartilhada desde 1982 nas cartas enviadas pela Berkshire Hathaway, empresa em que atua como CEO.

Com base no relatório anual divulgado pela companhia, o Business Insider coletou as principais características analisadas pela empresa de Buffett na hora de realizar novas aquisições. São elas:

1- Grandes compras (no mínimo $75 milhões de rentabilidade real – descontando os impostos)

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2- Deve demonstrar grande propensão a gerar lucros (projeções futuras não são de interesse)

3- Possuir um bom ROE (Returno on Equity), ou seja, ter capacidade de agregar valor a ela mesma utilizando seus próprios recursos.

4- Ter uma boa gestão

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5- Ser um negócio simples (no relatório divulgado, a empresa afirma que se tiver muita tecnologia eles não entendem)

6- Ter um preço de oferta definido (a Berkshine Hathaway não está disposta a “perder tempo” resolvendo transações com preços desconhecidos)

 

É importante ter em mente que ao menos que você tenha uma margem de $5-20 bilhões sobrando, esses métodos não se adequarão aos seus investimentos. Porém, não se desanime! Buffett explica que muitas vezes, as pequenas ações são mais vantajosas do que adquirir uma empresa por completo: “Nossa experiência nos mostrou que comprar porções de empresas garante muito mais desconto do que comprar uma companhia inteira. Descobrimos também, que barganhas do mundo dos negócios, que não estão disponíveis por meio da aquisição corporativa, podem ser possíveis indiretamente por meio da bolsa de valores”.

Além dos ideais seguidos à risca pela Berkshire Hathaway, Buffett também partilha de alguns princípios ao realizar investimentos. Quatro deles são recorrentes em seus discursos e podem se adequar ao seu modelo de investimentos. São eles:

1- Atue no seu círculo de competência

Quais indústrias e companhias têm um negócio que você entende? Por exemplo, Apple, Kellogg e John Deere possuem um modelo bem simples e direto de se entender e operar. Vamos supor que você opte por investir em uma startup que acabou de chegar no mercado e que lide com uma tecnologia nunca antes vista. A não ser que você tenha um conhecimento dessa área e entenda realmente como funciona, ou então, que reserve um tempo para aprender sobre o assunto, é melhor ficar de fora dessa.

2- Procure por companhias com perspectivas a longo prazo

Como já dissemos anteriormente, é importante que seus investimentos sejam feitos com propostas que ultrapassem o presente.

Qual é a vantagem da sua empresa a longo prazo em comparação com as outras do mesmo segmento? Há uma base fortificada com capacidade de proteger e manter o “castelo” para os próximos anos, ou será necessária uma remodelação estrutural anualmente?

3- Avalie a administração da empresa pela honestidade e competência

A empresa ou algum de seus executivos já esteve envolvido em fraude em algum momento? O que aconteceria se o CEO ou o fundador saísse da empresa? Buffett afirma: “Se um negócio precisa de um superstar para produzir grandes resultados, então a empresa em si não é um bom investimento”.

4- O valor da ação está razoável?

Qual é o preço da empresa no mercado de ações? Você acredita que esse seja o valor real? Há alguma margem de segurança? Por exemplo, a ação está sendo vendida com desconto?