Conheça o primeiro grande investidor global de maconha

Peter Thiel já é conhecido por apostar em ideias inovadoras em seus investimentos

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Peter Thiel, fundador do serviço de pagamento online PayPal, nunca temeu investir em companhias que fossem tão experimentais a ponto de nem fazerem parte de uma indústria. Assim, não chega a ser surpreendente que o fundo de Thiel seja o primeiro investidor institucional a investir na nascente indústria de maconha, de acordo com dados do site britânico The Guardian.

No mês passado, o Founders Fund, fundo de Thiel, confirmou que estava fazendo um esforço para ter uma participação minoritária na companhia de Seattle Privateer Holdings, que é dona do Leafly.com. Para quem não conhece, o site fornece informações para compradores de maconha, como críticas e informações de preço. A Privateer Holdings também controla uma operação de maconha medicinal canadense, Tilray, e outros negócios relacionados à erva.

A Founders Funding não vai liberar os termos do negócio, mas o Guardian afirma que, de acordo com os dados da SEC (Securities Exchange Comission) de julho de 2014, a Privateer ainda esperava levantar mais US$ 56 milhões de um total de US$ 75 milhões que buscava em sua mais recente rodada de captação.

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Investir no negócio da maconha – agora legal para uso recreativo em quatro estados dos EUA e o Distrito de Columbia, e para uso medicinal em 24 estados – “é uma versão um pouco mais extrema de algo que nós observamos em outros investimentos que estamos confortáveis”, diz Lewis. “Nós estamos tranquilos investindo em negócios com ambiguidade regulatória porque acreditamos que a regulação seguirá o sentimento público”.

Mais de um ano se passou desde que as primeiras pesquisas mostraram que a população estadunidense é claramente a favor da legalização do uso de maconha, com apoio para uso médico legal chegando a 80% em algumas pesquisas.

“Quando as primeiras lojas de varejo abriram no Colorado e o mundo não acabou e o governo federal não se meteu no negócio, as pessoas viram que dava para ser feito”, afirma Brendan Kennedy, cofundador e CEO (chief executive officer) da Privateer.

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O grande risco que Lewis vê para o investimento do Founders Funding é relativamente prosaico: a Privateer conseguirá executar sua visão de se tornar em um dos primeiros conglomerados de maconha do mundo? Estudando a indústria e a empresa por dezoito meses, antes de decidir investir, Lewis está otimista.

Além disso, de acordo com matéria da Folha de S. Paulo do ano passado, já é possível para o investidor pessoa física estadunidense investir em empresas de capital aberto que trabalham no setor da maconha.

A GW Pharmaceuticals é um dos exemplos, a companhia é listada na Nasdaq, bolsa de empresas do setor de tecnologia dos EUA. A companhia tem um remédio aprovado para venda nos EUA para aliviar as dores de quem tem esclerose múltipla.