Gestora monta posição vendida em Vale por risco com China

Em contrapartida, Constância adquiriu ações da Delta Llyod por sua boa gestão

Gabriella D'Andréa

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SÃO PAULO – A Constância Investimentos decidiu manter posição vendida na Vale em seu fundo Constância Ações FIA. “Acreditamos que há um risco relevante de que mudanças na economia chinesa levem a uma estagnação ou redução na demanda global por minério de ferro ao mesmo tempo em que a capacidade de produção deve aumentar substancialmente ao longo dos próximos anos”, justifica o gestor do fundo.

A gestora enxerga risco assimétrico de downside no preço da ação em um prazo de 2 a 3 anos. Em contrapartida, o papel é tido como hedge contra um cenário de maior contração da economia chinesa, o que teria impactos negativos no Brasil.

Outra ação que ficou em posição vendida foi a das Lojas Americanas, pelo fato de que o consumo brasileiro deverá desacelerar. Também contou na decisão da gestora o fato dos altos múltiplos que vem sendo negociados pela empresa e o grande volume de capital com retornos inadequados por parte da B2W, tanto na aquisição de ações de sua controlada como na realização de investimentos para uma melhoria operacional.

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“Num horizonte de dois anos, os ricos desta ação nos parecem bastante assimétricos para o downside. Enxergamos nesta posição também um hedge contra um cenário de desaceleração maior que a esperada na economia brasileira, especialmente no componente de consumo”, aponta a gestora.

Nova aquisição
Para este mês, a Constância adquiriu posição na seguradora holandesa Delta Lloyd por acreditar que possui boa gestão e que a contabilização de seus passivos de longo prazo é bastante conservadora. Mesmo com a baixa taxa de juros, as ações da companhia parecem muito subavaliadas, segundo a gestora.

“Fomos também atraídos por um dividendo corrente de 9,5% a.a. ao preço de aquisição do fundo”, pontua o gestor.