O que vale mais: uma carteira diversificada ou um fundo multimercado?

Para especialista, o fundo multimercado é um produto que deve ser combinado com investimentos de renda fixa e fundos de ações, por exemplo

Gabriella D'Andréa

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SÃO PAULO – O cenário econômico vem sofrendo constantes mudanças e as conseqüências podem ser vistas no dia a dia. Maior número de inadimplentes, inflação em alta, baixa taxa de juros etc. Diante disso, o investidor começa a se questionar aonde pode aplicar seu dinheiro. Antes, bastava deixá-lo em um investimento de renda fixa para vê-lo se multiplicar, mas com a Selic no menor patamar histórico (7,25% ao ano) é preciso olhar para outras alternativas, e diversificar é uma opção que vem sendo muito recomendada por especialistas.

Mas aí surge uma dúvida: devo montar uma carteira diversificada, com ações, renda fixa, câmbio e outros investimentos, ou aplicar em fundo multimercado? “A vantagem é a favor da carteira. No longo prazo, a maioria dos fundos acabam perdendo dos principais índices de referência”, defende o Especialista da MoneyFit, André Massaro. “Além disso, é preciso estar atento aos custos dos fundos, coisa que o brasileiro não pesquisa muito. À medida que a taxa de juros cai, a rentabilidade também diminui e os custos começam a ficar mais evidentes, comprometendo o retorno da aplicação”, pontua.

Já o  Sócio-fundador e gestor da DLM Invista, Marcelo Castro, aponta que o fundo multimercado é um produto que deve ser combinado com investimentos de renda fixa e fundos de ações, por exemplo. “O multimercado por si só não cumpre o papel de diversificação. É um produto com um pouco mais de risco e que tem uma capacidade de agregar uma boa rentabilidade ao portfólio como um todo”, explica o CEO da DLM Invista, Marcelo Castro.

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Além da Selic baixa, outra razão pela qual os investidores têm se preocupado em montar uma carteira diversificada é a preocupação com o futuro, já que hoje a expectativa de vida é maior. “E a boa notícia é que uma carteira diversificada não exige um nível de conhecimento tão grande. O investidor não precisa virar um PhD em finanças para conseguir investir bem”, afirma Massaro.

Riscos 
Considerado como um investimento de risco intermediário, o fundo multimercado combina diferentes estratégias, o que possibilita a um gestor habilidoso colocar todos os seus conhecimentos em prática e aumentar significativamente o retorno. No entanto, alguns fundos operam alavancados, o que eleva significativamente o risco do produto.

“Eles acabam operando além do patrimônio existente, o que aumenta o risco de perda, já que ela pode ser maior do que o valor investido. Mas se a pessoa monta seu portfólio com produtos convencionais, o pior que pode acontecer é ela perder o patrimônio investido, mas nada além disso”, pontua Massaro.

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Por último, Castro coloca que não há promessa de rentabilidade quando se trata de fundos multimercados, por isso combiná-lo com outras aplicações pode ser interessante. “É um investimento que agrega valor a um portfólio e que tem ganhado espaço entre as aplicações de renda fixa”, conclui.