Fundos de investimento fecham fevereiro com resgates líquidos de R$ 810 milhões; renda fixa tem captação de R$ 27 bilhões

Os multimercados e fundos de ações foram os principais responsáveis para o resultado do período

Wellington Carvalho

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Os fundos de investimento registraram mais resgates do que depósitos em fevereiro. A saída líquida foi de R$ 810 milhões no mês, segundo boletim mensal da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

De acordo com a entidade, o resultado do mês passado foi influenciado pelos saques feitos nos multimercados (R$ 18 bilhões) e nos fundos de ações (R$ 10, 9 bilhões). As duas classes completaram um semestre de resgates. Entre os multimercados, o tipo livre – sem compromisso de concentração em nenhuma estratégia – foi responsável pela saída de R$ 9,1 bilhões.

Os ETFs – Exchange Traded Funds ou fundos de índices – e os fundos de previdência também fecharam fevereiro no vermelho, com resgates de R$ 778 milhões e R$ 4 milhões, respectivamente.

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Selic estimula renda fixa

Na direção contrária, os fundos de renda fixa encerraram fevereiro com captação líquida de R$ 27 bilhões, influenciada pela elevação da taxa básica de juros da economia nacional, a Selic, atualmente em 10,75% ao ano.

“Estamos vendo, mês a mês, o movimento de retomada dos recursos para a renda fixa influenciado pela Selic em dois dígitos”, afirma Pedro Rudge, diretor da Ambima. “É natural que os brasileiros optem por esses fundos como uma forma de proteger seus investimentos” explica.

Os fundos de Investimento em participações (FIPs) e os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) também tiveram captação líquida positiva, respectivamente de R$ 280,2 milhões e R$ 221,1 milhões.

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Rentabilidade dos fundos

Com relação às rentabilidades, nos fundos de renda fixa, se destaca o tipo duração alta grau de investimento, que aplica, no mínimo, 80% da carteira em títulos públicos ou ativos de baixo risco. O segmento apresentou retorno de 1,12% em fevereiro.

Entre os fundos de ações, o tipo sustentabilidade-governança – que investe em empresas que apresentam bons níveis de governança corporativa e sustentabilidade empresarial – teve retorno de 9%. Já o retorno do tipo mono ação, com foco em apenas uma empresa, ficou em 5,42%.

Nos multimercados, as maiores rentabilidades do mês passado foram dos tipos macro, com 1,79%, e balanceados – que buscam retorno no longo prazo por meio da compra de diversos ativos – com 1,23%.

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Patrimônio líquido dos fundos

O patrimônio líquido da indústria de fundos fechou fevereiro com a marca de R$ 7 trilhões. Deste montante, 38% são fundos de renda fixa, o equivalente a R$ 2,7 trilhões. É a maior participação da classe no total do setor desde janeiro de 2021. Os multimercados representam com R$ 1,5 trilhão do total.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.